Teoria da evolução e autorreferencialidade na teoria dossistemas de Niklas Luhmann

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Alisson Magalhaes Soares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AQKFMT
Resumo: O objetivo da presente tese é, em primeiro lugar, sugerir que a teoria da evolução darwiniana ou de inspiração darwiniana, assim como tratada na Biologia, pode fornecer um bom esqueleto e um mapa teórico geral para as Ciências Sociais, onde diferentes teorias das Ciências Humanas podem ser localizadas. Para tal, tenta-se identificar algumas problemáticas semelhantes entre as duas disciplinas, a fim de destacar a pertinência da teoria evolutiva para as Ciências Sociais. Ao contrário do que pensam muitos cientistas sociais, a teoria evolutiva darwinianarepresenta, talvez, a melhor teoria da mudança e da ordem, sem implicar em problemas como a unilinearidade (somente um caminho é possível), a teleologia (a tendência é inevitável) e o progresso como destino certo. O segundo objetivo é tentar examinar de que maneira a teoria dos sistemas sociais autopoiéticos de Niklas Luhmann talvez a teoria mais elaborada e extensa tentativa de articulação entre Ciências Sociais e teoria evolutiva pode auxiliar neste intento. Pretende-se examinar de que maneira a teoria luhmmaniana escapa ou não a problemas como a unilinearidade, a teleologia, o reducionismo, etc., bem como a outros problemas próprios das Ciências Sociais. Nesta discussão, faz-se mister discutir a problemática relacionada à teoria do conhecimento, principalmente ao se discutir alguns dos problemas específicos das Ciências Sociais. Assim, será apresentada a teoria do conhecimento construtivista que embasa o empreendimento teórico da teoria dos sistemas de Luhmann, discutindo-se algumas de suas potencialidades, destacando-se os problemas referentes à reflexividade do conhecimento. Tal aspecto reflexivo implica certos imperativos para teorias feitas por seres humanos sobre seres humanos, cujas implicações são frequentemente negligenciadas.