O uso do Sistema de Informações Geográficas na análise morfométrica e morfológica de bacias de drenagem na serra do Espinhaço Meridional-MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Braulio Magalhaes Fonseca
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/MPBB-86XLMN
Resumo: O presente trabalho analisou vários dados do relevo de duas áreas diferentes do Espinhaço Meridional, MG, para comprovar a hipótese de que a evolução geomorfológica entre as duas apresenta natureza e intensidade distintas, em função das características litoestruturais e da dinâmica, específicas em cada urna delas. Foram realizadas análises morfométrica e morfológica comparativa entre as bacias hidrográficas dos rios Pardo e Alto Jequitinhonha, que drenam para as bordas oeste e leste do Epinhaço, respectivamente. Essas análises foram conduzidas com instrumentação disponível no Sistema de Informações Geográficas (SIG), o que possibilitou uma melhor integração, manipulação e compreensão dos dados. Foram realizadas correções nas bases cartográficas em escala de 1:100.000, compatíveis com a análise geomorfológica regional proposta. A aplicação do algoritmo D-8 em modelos digitais de elevação, para a confecção de novas bases cartográficas referentes à rede de drenagem, no entanto, não apresentaram boa consistência morfológica. Técnicas de processamento digital de imagens (PDI) e álgebra matricial foram usadas com o objetivo de identificar lineamentos morfológicos e estruturais, os quais tiveram suas direções analisadas em diagramas de rosetas. As direções principais da rede de drenagem e dos lineamentos estruturais foram correlacionadas e revelaram, de modo geral, controle estrutural claro da rede de drenagem. O uso da Análise de Principais Componentes (APC) indicou as variáveis: área. perímetro, índice de circularidade e coeficiente de compacidade. corno as que melhor explicam o conjunto de parâmetros morfométricos analisados. Todas as análises efetuadas indicam que na bacia do Alto Jequitinhonha os processos geornorfológicos atuantes são mais intensos do que na bacia do rio Pardo. Os resultados do índice de Hack e dos perfis longitudinais revelaram que a rede de drenagem da bacia do Alto Jequitinhonha possui maior vigor energético do que a do rio Pardo, sendo que seus rios principais encontram-se em estado de desequilíbrio e/ou possuem anomalias ao longo do canal fluvial. Os rios principais da bacia do rio Pardo apresentam perfis longitudinais de estado de equilíbrio, mas possuem um grande número de rupturas de declive (knickpoints), possivelmente em função de uma maior variação litológica ao longo dos perfis dos seus rios, e não como indicativo de retomada erosiva. Considerando os resultados alcançados. foi possível aceitar a hipótese de que nas bordas leste e oeste da Serra do Espinhaço ocorrem processos geomorfológicos de natureza e intensidade diferenciadas. gerando formas de relevo distintas o suficiente para serem detectadas por análises morfométricas e morfológicas.