Aversão à perda na teoria do prospecto : sintomas depressivos, ansiosos, estresse e traços de personalidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Cristina Yumi Nogueira Sediyama
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
FAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
Programa de Pós-graduação em Psicologia: Cognição e Comportamento
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/49313
Resumo: Inicialmente, o estudo da tomada de decisão em Economia Comportamental perpassou por teorias como a do Valor Esperado e a da Utilidade Esperada até a Teoria do Prospecto. Dentro desta última, a aversão à perda é um dos conceitos mais relevantes, podendo ser definida como uma maior sensibilidade às perdas, quando comparada a ganhos nas mesmas proporções. No entanto, estudos relacionados à aversão à perda e fatores psicológicos ainda são escassos. Com isso, o presente projeto tem, por objetivo geral, investigar a aversão à perda em adultos jovens bem como suas possíveis associações com sintomas depressivos, ansiosos, estresse e traços de personalidade. Para tanto, foram idealizadas três etapas. Na primeira, realizou-se uma revisão sistemática do tema, buscando identificar e analisar os resultados de artigos relacionados à aversão à perda e sobre traços de personalidade, sintomas depressivos, ansiedade e suicídio. Nesta, foram encontrados um total de 103 artigos, mas que após avaliação por critérios de inclusão e exclusão, restaram 14 para análise. No entanto, apesar da contribuição do estudo para o mapeamento da literatura na área relacionada à economia comportamental, foram encontradas discrepâncias entre os estudos; alguns os quais mostraram associações significativas e não significativas em relação a aversão à perda e as variáveis associadas, o que sugere a necessidade de uma maior investigação e estudos futuros na área. A segunda etapa teve como objetivos adaptar uma tarefa computadorizada de aversão à perda para o português, analisar as medidas individuais de aversão à perda nos participantes e investigar se existem correlações e/ou diferenças entre esse índice e as variáveis: sexo, idade, renda familiar mensal, renda mensal própria e maior nível de qualificação educacional. Como resultados, houve uma correlação entre maior aversão à perda e participantes na faixa salarial individual mensal de 9 a 12 saláriosmínimos, enquanto o ensino médio incompleto foi associado a uma menor aversão à perda. Não foram encontradas associações significativas entre as outras variáveis analisadas. O objetivo da última etapa foi analisar a relação entre a aversão à perda e as variáveis: sintomas depressivos e ansiosos, estresse e traços de personalidade. O estudo foi composto por 138 participantes, 85 mulheres e 53 homens com idade média de 27,5 anos (DP=4,8) que responderam a um questionário de dados sociodemográficos e saúde geral, a tarefa computadorizada de aversão àperda, Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS -21) e o Inventário de Cinco Fatores NEO Revisado NEO-FFI-R. Como resultados, foram observadas diferenças entre os níveis de aversão à perda e sintomas ansiosos. No entanto, não houve relações estatisticamente significativas entre a aversão à perda e sintomas depressivos, estresse e traços de personalidade. O estudo contribui para a expansão do conhecimento em relação à aversão à perda e características psicológicas a fim de esclarecer tais relações, e ainda aponta para a necessidade de trabalhos futuros para ampliar o estudo empírico em relação a esse fenômeno.