Bioacessibilidade de arsênio em amostras de solo em região de mineração de ouro
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil ENG - DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA METALÚRGICA Programa de Pós-Graduação em Engenharia Metalúrgica, Materiais e de Minas UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/32350 |
Resumo: | Elevados níveis de arsênio (As) (concentrações até 6354 mg kg-1), associados a uma anomalia geológica, são encontrados em amostras de solo coletadas em uma região de mineração de ouro no estado de Minas Gerais. As amostras foram preparadas para diferentes análises: análise química, difração de raios-X (XRD), fluorescência de raios-X por dispersão de energia (EDXRF), análise de liberação mineral (MLA), microscopia eletrônica de varredura e transmissão (MEV e MET) e micro Espectroscopia Raman. Ensaios de bioacessibilidade foram realizados para a avaliação de risco à saúde humana. Os silicatos (quartzo e muscovita) são os principais constituintes minerais; óxi-hidróxidos de ferro (goethita e hematita) também são identificados em algumas amostras. Entre os elementos minoritários, apenas As apresentou concentrações significativamente maiores (mediana de 748,0 mg kg-1) do que os valores de diretrizes nacionais estabelecidos para a concentração deste elemento em solos. De acordo com a análise química, concentrações majoritárias de arsênio nas frações grosseiras foram associadas à altas concentrações de ferro nessas frações. No entanto, a concentração de As bioacessível foi muito baixa. A dose média de bioacessibilidade é de 7,0 mg kg-1, com uma mediana de 4,4 mg kg-1; a porcentagem de As bioacessível apresentou um valor médio de 1,3% e uma mediana de 0,7%. A identificação quantitativa individual de partículas mostrou que o arsênio é encontrado principalmente na mistura de óxihidróxidos de ferro associados à filossilicatos. Foram identificadas poucas partículas de arsenopirita (aprox. 7 em 74 000) e de escorodita (aprox. 9 em 74000). O arsênio se mostrou fortemente associado aos agregados cristalinos orientados de nanopartículas de óxihidróxidos de ferro. A identificação inequívoca e precisa da associação de As com nanopartículas cristalinas de óxihidróxidos de ferro suporta a baixa bioacessibilidade relatada aqui. Além disso, o intercrescimento dos óxi-hidróxidos de ferro com os filossilicatos acrescenta restrição adicional à liberação / mobilização de arsênio no ambiente, minimizando assim os riscos à saúde. |