Avaliação da acurácia diagnóstica da ultrassonografia na capsulite adesiva
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Cirurgia e à Oftalmologia UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/69317 https://orcid.org/0000-0003-3380-1675 |
Resumo: | A capsulite adesiva, doença inflamatória caracterizada por dor e restrição progressiva de movimento do ombro, habitualmente, é subdiagnosticada nos estágios iniciais da doença. A ultrassonografia fornece sinais indiretos no intuito de auxiliar no diagnóstico e distinguir a capsulite de outras causas de dor e rigidez no ombro. A ressonância magnética também é capaz de fornecer parâmetros indiretos para o diagnóstico, mas devido ao custo elevado é pouco acessível. O presente trabalho visa avaliar a acurácia da ultrassonografia no diagnóstico da capsulite adesiva. Trata-se de um estudo de acurácia diagnóstica, transversal de pacientes com diagnóstico clínico de capsulite adesiva em um dos ombros, tendo o ombro contralateral assintomático. Trinta e cinco pacientes participaram do estudo, sendo que um foi excluído por falha na adesão ao protocolo enquanto outros quatro foram excluídos por apresentarem lesão do manguito rotador ao exame de imagem (critério de exclusão). Sendo assim, a amostra foi composta por 30 pacientes e 60 ombros. Todos os pacientes foram submetidos ao estudo ultrassonográfico, comparando-se o ombro com capsulite adesiva (grupo caso) com o contralateral assintomático (grupo controle). Dos 30 pacientes selecionados, 14 (46,70%) eram do sexo masculino e 14 (46,7%) com o lado direito acometido. Um paciente encontrava-se no estágio I (3,3%) da capsulite adesiva, 24 (80,0%) no estágio II e 5 (16,6%) no estágio III. Os parâmetros ultrassonográficos avaliados foram: efusão de líquido na bainha do cabo longo do bíceps e o aumento do fluxo ao Power Doppler no intervalo dos rotadores, espessura da bursa, espessura do ligamento glenoumeral superior, ligamento coracoumeral, espessura do recesso axilar, distância do cabo rotador ao tubérculo maior, distância do cabo rotador ao acrômio, espessura do crescente rotador e morfologia do cabo rotador, diâmetro e espessura do cabo rotador. O espessamento do ligamento coracoumeral (1,71; 1,4-2,0 mm vs 1,54; 1,2-1,8 mm p = 0,010) e o espessamento do recesso axilar (3,85; 3,1-4,5 mm vs 3,50; 2,6-4,1 mm p = 0,000), assim como os inéditos, espessura do cabo rotador (1,9; 1,7-2,06 mm vs 2,0;1,8-2,16 mm p = 0,019) e distância do cabo rotador ao acrômio (21,1 ± 4,21 mm vs 22,7 ± 4,61 mm p = 0,000) mostraram, com significância estatística, alterações nos ombros com capsulite adesiva. A ultrassonografia é um exame cuja acurácia apresenta sensibilidade intermediária e baixa especificidade para o diagnóstico da capsulite, com os novos parâmetros mostrando-se promissores na acurácia deste método. |