Efeito da emulsão lipídica intravenosa, e sua associação com diazepam, em coelhos
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil VET - DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/36152 |
Resumo: | As emulsões lipídicas intravenosas (ELI) estão sendo utilizadas no tratamento de intoxicações por anestésicos locais e outros fármacos lipofílicos. O mecanismo preciso pelo qual essa terapia apresenta benefício ainda não é completamente compreendido, mas acredita-se que há envolvimento de efeito de partição e modulação farmacocinética. A abrangência do efeito de partição sugere a possibilidade de interação entre a ELI e outros fármacos lipofílicos administrados terapeuticamente, como o diazepam (DZ). Uma vez que o DZ é lipofílico, é possível que o uso da ELI interfira na sua distribuição e, consequentemente, no seu efeito clínico, porém a modulação farmacocinética da infusão lipídica sobre este fármaco ainda não foi determinada. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito clínico da terapia com ELI em coelhos medicados com DZ e a segurança desta terapia. Foram utilizados 30 coelhos Nova Zelândia machos, adultos, distribuídos aleatoriamente em cinco grupos (n=6). Três grupos receberam DZ (1,0 mg/kg, IV). Destes, um não recebeu qualquer tratamento, enquanto os outros dois foram tratados com ELI (Lipovenos® MCT 20%) ou ringer com lactato (bolus inicial de 1,5 mL/kg seguido de infusão contínua na taxa de 0,25 mL/kg/min durante 30 minutos). O quarto grupo recebeu somente a infusão de emulsão, enquanto o quinto recebeu somente ringer com lactato. Estes animais foram submetidos a sucessivos exames neurológicos, exames físicos gerais e monitoração da pressão arterial durante 100 minutos. Amostras de sangue foram coletadas para realização de hemogasometria, análise hematológica e bioquímica sérica. Ao final do experimento, todos os animais foram eutanasiados e a necropsia foi imediatamente realizada, com coleta de amostras teciduais de pulmão, rim, fígado e pâncreas para análise por microscopia óptica e eletrônica. Concluiu-se que a emulsão lipídica não interferiu no efeito sedativo do DZ, e não causou efeitos clínicos adversos, apesar de transitória acidose metabólica, sendo o protocolo utilizado considerado seguro. |