Vocação ou técnica? : a formação jornalística em documentos acadêmicos-institucionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: João Luís de Pinho Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
FAF - DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/50255
Resumo: Esta tese se propôs a olhar para um conjunto de textos com caráter de oficialidade para refletir sobre o Jornalismo descrito por eles. Para isso, inspiramo-nos no conceito de rede desenvolvido por Bruno Latour (2012) para construir uma rede textual acadêmico-institucionais composta pelos textos normativos do Ministério da Educação relativos aos cursos de Jornalismo, às matrizes curriculares dos cursos de Jornalismo ofertados no primeiro semestre de 2018 em Belo Horizonte e a um conjunto de textos de bibliografia básica de disciplinas dessas grades. Nosso primeiro gesto foi, portanto, descritivo-analítico e dele notamos a centralidade dos termos “técnica” e “prática” para demarcar o que é especificamente jornalístico. Na segunda parte da tese, retomamos a rede textual acadêmico-institucionais em um gesto crítico, observando como os termos “técnica” e “prática” são utilizados argumentativamente. A proposta foi procurar compreender qual qualidade a “técnica” e “prática” dão ao Jornalismo dentro do conjunto de textos da rede que observamos. Para auxiliar nessa análise, recorremos a alguns autores da filosofia da técnica, que forneceram um quadro organizativo para os próximos capítulos. Nesse segundo movimento, enfatizamos a relação entre “técnica”, “prática” e “tecnologia”, “teoria”, “indústria”. Nesse percurso, notamos a construção de argumentos que oscilam entre o atemporal e o histórico, entre transcendente e específico, o coletivo e o individual. Na rede textual acadêmico-institucionais, os argumentos se comportam como uma “ciência da cultura” que funciona pela criação de horizonte ideal e na sistematização de princípios que se transformam em pilares inquestionáveis dogmas, dotando o Jornalismo de uma qualidade dogmática e vocacional.