Descortinando as vivências dos bebês na creche: a relação com os artefatos culturais
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil FAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO Programa de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão Social UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/39081 |
Resumo: | Esta tese buscou compreender as vivências de um grupo de bebês na relação com os artefatos culturais, a partir de uma pesquisa de cunho etnográfico, realizada ao longo de um ano, em uma creche no município de Juiz de Fora – Minas Gerais. O aporte teórico-metodológico embasou-se na perspectiva histórico-cultural, na etnografia em educação e nos Estudos da Infância que produzem conhecimento no campo teórico da Educação Infantil e que apoiam a compreensão do contexto da creche no Brasil, suas conquistas e desafios. Ao entender o cotidiano da creche como um dos lócus da produção de linguagens e discursos, foi possível perceber os diferentes papéis ocupados pelos sujeitos na instituição e compreender as vivências dos bebês nesse contexto. Assim, apoiamo-nos no conceito de vivência compreendido como unidade pessoa/meio (VIGOTSKI, 2006; 2010). Nosso objetivo foi compreender as particularidades de como esse grupo de bebês constituía suas vivências (VIGOTSKI, 2010) no contexto da creche, refletindo sobre as possibilidades oferecidas por esse ambiente, focalizando as apropriações dos artefatos culturais presentes no contexto do berçário. Os sujeitos da investigação foram oito bebês de 4 a 18 meses de idade cujas vivências acompanhamos, no contexto da creche, envolvendo suas relações com as professoras, outras crianças e artefatos culturais presentes na instituição. A partir da teoria histórico-cultural, compreendemos os bebês como sujeitos ativos, constituídos nas relações históricas, sociais, econômicas e geográficas, transformando e sendo transformados no diálogo, na participação e na presença das múltiplas vozes constituintes do humano. Como forma de produção de dados, para acompanhar, compreender e registrar as vivências dos bebês na creche, utilizamos os instrumentos e técnicas de base etnográfica: a observação do cotidiano, a vídeo-gravação, a fotografia e o diário de campo. As análises da pesquisa evidenciaram que os bebês se constituem como seres culturais nas vivências compartilhadas na creche, transformando e sendo transformados pelas relações sociais. De forma particular, nesta investigação, as vivências dos bebês foram marcadas pela apropriação dos artefatos culturais disponibilizados no berçário: os sentidos atribuídos à cortina, à coberta, às bolinhas, às latas, dentre outros, foram ampliados e transformados pelos processos de [percepção/ação] dos bebês, tornando-se foco de exploração, contemplação, experimentação, acolhimento, disputa e compartilhamento entre os bebês e entre eles e suas professoras. |