Comparação de técnicas de ensaio de absorção imunoenzimático (ELISA) para avaliação da reatividade de anticorpos anticocaína tipo IgG em camundongos.
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA Programa de Pós-Graduação em Medicina Molecular UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/32461 |
Resumo: | Atualmente, o consumo de drogas ilícitas no Brasil tornou-se um problema de saúde pública. A imunofarmacoterapia é a estratégia mais promissora para o tratamento da dependência à cocaína e ao crack. O grupo de pesquisa NAVeS, em parceria com o Departamento de Química da UFMG, desenvolveu a molécula UFMG-VAC4N2, que se mostrou eficaz na produção de anticorpos anticocaína em camundongos. Esses anticorpos específicos reduzem a fração livre da droga na corrente sanguínea, moderando seus efeitos e reduzindo sua entrada na barreira hematoencefálica (BHE) e, consequentemente, no sistema nervoso central (SNC). Diante disto, é importante determinar-se a quantificação desses anticorpos específicos produzidos pela indução da vacina anticocaína. No presente estudo, utilizamos um Ensaio Imunoenzimático (ELISA), método analítico qualitativo/quantitativo que tem como princípio a reação de um antígeno-anticorpo (Ac-Ag) obtida por meio de um conjugado e substrato enzimático que permitem a mudança de coloração do meio e quantificação por espectrofotometria. Foram analisadas duas estratégias distintas de identificação e quantificação desses anticorpos tipo IgG em camundongos, as quais são: 1) uso do GNE, um hapteno de cocaína, conjugado à albumina sérica bovina (BSA) e fixado em base sólida e; 2) uso de cocaína livre em fase sólida. O método consistiu na imunização com a vacina de hapteno GNE conjugada à proteína KLH (Keyhole Limpet Hemocyanin), de atividade imunológica já estabelecida, em camundongos Balb/c machos e dosagem dos anticorpos anticocaína pelo método ELISA indireto e competitivo. Foram realizadas 3 imunizações nos tempos 0, 7 e 21 dias, sendo que cada animal recebeu, por imunização, 300 µL de emulsão contendo GNE-KLH disperso em adjuvante de Freund completo ou incompleto. Em cada imunização foi feita coleta de cerca de 400 µL de sangue dos animais pela via submandibular para separação do soro e realização dos ensaios imunológicos. Um pool de soros dos animais com densidade óptica maior a 0,7 foi produzido para os testes de linearidade e para identificar a técnica mais sensível de detecção dos anticorpos específicos para cocaína. No teste de linearidade para dosagem desses anticorpos foi encontrada uma resposta relativamente positiva nas duas técnicas, porém a resposta para GNE-BSA foi mais satisfatória. Conclui-se que, para dosagem de anticorpos anticocaína do tipo IgG em camundongos, as duas técnicas são confiáveis, contudo, os resultados para GNE-BSA permitem maior sensibilidade para detecção desses anticorpos. As perspectivas para esse trabalho são a padronização do método ELISA para a detecção de anticorpos anticocaína em humanos, visando o estudo clínico de fase 1 para a vacina UFMG-VAC4N2 e o estudo dos subtipos de anticorpos IgG produzidos pela vacina, relevante para a compreensão dos mecanismos pelos quais esses anticorpos podem reduzir o consumo de droga e para avaliar a seleção dos pacientes para receberem um futuro tratamento imunológico. |