Absenteísmo por doença e dimensionamento de pessoal: uma análise das unidades de tratamento intensivo de uma rede de hospitais públicos de Minas Gerais
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil ENFERMAGEM - ESCOLA DE ENFERMAGEM Programa de Pós-Graduação em Gestão de Serviços de Saúde UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/62562 |
Resumo: | O termo absenteísmo, oriundo do latim absens, significa estar ausente, sendo utilizado para designar a ausência de colaboradores nos locais de trabalho. Quando a ausência ocorre por motivo de saúde é intitulado de absenteísmo por doença. O custo dessa ausência onera as organizações públicas e privadas, no sentido de capacitar, substituir e gerar horas extras, para compensar o trabalho não realizado pelo trabalhador ausente. Diferentes estudos identificaram que o absenteísmo é influenciado pelo sexo, idade, ocupação, nível de responsabilidade e regime de trabalho, local de atuação entre outros. Entretanto, poucos estudos avaliam em que medida a variável absenteísmo está associada a sobrecarga de trabalho e realização de horas extras. Nesse sentido, esta pesquisa tem como objetivo geral avaliar em que medida o déficit de profissionais e a realização de horas extras contribuíram no comportamento da taxa de absenteísmo por doença nas unidades de tratamento intensivo de uma rede de hospitais públicos de Minas Gerais. Por objetivos específicos:1) analisar a evolução da taxa de absenteísmo por doença na unidade de tratamento intensivo, segundo categoria profissional (Médico, Técnico de Enfermagem, Enfermeiro e Fisioterapeuta), de janeiro de 2013 a dezembro de 2019; 2) apurar o custo do absenteísmo por doença na unidade de tratamento intensivo, segundo categoria profissional (Médico, Técnico de Enfermagem, Enfermeiro e Fisioterapeuta); 3) analisar a evolução das taxas de absenteísmo por doença, segundo atributos dos profissionais (sexo, estado civil, idade, renda); 4) descrever e discutir os critérios técnicos utilizados na definição dos parâmetros de recursos humanos que estão dispostos nas regulamentações do Ministério da Saúde (MS) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) que dizem respeito ao quantitativo de pessoal para unidade de tratamento intensivo adulto, neonatal e pediátrico. 4) analisar a evolução do superávit ou déficit de pessoal por categoria profissional, considerando os instrumentos normativos do Ministério da Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) que dispõem sobre a necessidade de pessoal para unidade de terapia intensiva adulto, neonatal e pediátrico em uma rede de hospitais públicos do Estado de Minas Gerais. Método: trata-se de um estudo do tipo documental com abordagem quantitativa, descritivo, de corte longitudinal e retrospectivo. O universo da pesquisa é composto por nove unidades hospitalares com unidade de terapia intensiva que, neste estudo, foram codificados de H1 a H9. Resultados: A instituição apresenta dificuldade em manter o quadro estabelecido nos instrumentos normativos do Ministério da Saúde (MS) e ANVISA, registrando quantidade maior de déficit do que superávit de pessoal ao longo do período analisado. A maior taxa de absenteísmo por doença é observada na categoria do técnico de enfermagem, sendo observado o maior percentual no sexo feminino para todas as categorias profissionais analisadas. O custo das ausências corresponde, em média, a 1,46% do total da remuneração dos servidores lotados na UTI adulto, neonatal, pediátrico. A proporção de profissionais realizando horas extras foi mais elevada entre os médicos. No entanto, essa categoria apresentou uma redução significativa nessa proporção, que oscilou de 10,03% em 2013 para 1,56% em 2019. Em 2019, a rede desembolsou, conjuntamente, R$ 1.881.581,07 para o pagamento de horas extras, sendo que, a soma do custo das ausências com o total de horas extras está em torno de 3 milhões de reais por ano. Esse valor corresponde, em média, a 3% do total da remuneração dos funcionários lotados na UTI adulto, neonatal e pediátrica. A associação entre taxa de absenteísmo e horas extras demonstram que o tempo de exposição ao fator estressor (sobrecarga de trabalho) e (frequência de realização de horas extras) interferem no comportamento da taxa de absenteísmo por doença. O produto técnico, contém dois indicadores que poderão ser utilizados na elaboração de ações que visam aperfeiçoar o gerenciamento da força de trabalho na instituição analisada |