Técnicas de seleção de fundos de investimentos sob a ótica dos fundos de pensão brasileiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Jéssica Santos de Paula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
FACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICAS
Programa de Pós-Graduação em Administração
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/35011
Resumo: Os investimentos dos fundos de pensão devem ser orientados por alocações estratégicas, de forma a buscar um desempenho suficiente para pagamento de suas obrigações previdenciárias. Para isso, existem estudos que avaliam estratégias de gerenciamento de ativos e passivos, como o Asset Liability Management – ALM e o Liability Management Investment – LDI, direcionando o gestor do fundo de pensão sobre as características dos ativos que devem compor sua carteira e sobre a liquidez necessária em cada época. Contudo, tais estudos não especificam em qual ativo alocar recursos dentre a infinidade deles disponível no mercado financeiro. Dessa forma, o objetivo dessa dissertação é avaliar técnicas de seleção de fundos de investimentos sob a ótica dos fundos de pensão brasileiros, etapa posterior aos estudos de ALM e LDI. As técnicas analisadas são: i) Índice de Sharpe; ii) modelos de regressão em painel, sendo Modelo de Múltiplos Fatores para os fundos de renda fixa e Modelo de Precificação de Ativos proposto por Carhart para os fundos de renda variável; iii) Análise Envoltória de Dados; e, iv) as diferentes combinações das técnicas i, ii e iii. O período de avaliação ocorre de 2013 a 2018, em 12 janelas temporais, a partir da construção de carteiras hipotéticas compostas pelos cinco fundos que se destacaram, considerando o rebalanceamento semestral. Os resultados obtidos foram comparados com a meta atuarial média dos planos de benefícios previdenciários, a fim de verificar a efetividade da adoção dessas técnicas para seleção dos fundos de investimentos. Nos casos analisados, tanto para fundos de renda fixa quanto para fundos de renda variável, a técnica mais simples entre as analisadas (Índice de Sharpe) foi a que resultou nos melhores retornos. Para os fundos de renda fixa, com essa técnica seria possível obter rentabilidades superiores às metas atuariais médias dos planos de benefícios com maior frequência que as demais técnicas, proporcionando DnP positiva quando avaliado o resultado acumulado entre 2013 e 2018, o que, portanto, atenderia ao objetivo do investimento. Por outro lado, para os fundos de renda variável, que apresentam maior volatilidade que os de renda fixa, mesmo que nenhuma carteira tenha superado a meta atuarial média dos planos previdenciários no resultado acumulado em todo período de análise, a adoção do Índice de Sharpe resultou em menor perda.