Peregrinos em busca: alegoria, utopia e distopia em Paul Auster, Nathaniel Hawthorne e John Bunyan: alegoria; utopia e distopia em Paul Auster; Nathaniel Hawthorne e John Bunyan

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Vivian Bernardes Margutti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/ECAP-89JQTD
Resumo: No presente estudo, investiga-se o caráter alegórico do romance No país das últimas coisas (1987), de Paul Auster, tanto através de suas ligações intertextuais com a paródia 'A estrada de ferro celestial' (1843), de Nathaniel Hawthorne, e com o texto alegórico O peregrino (1678), de John Bunyan, como a partir da noção de alegoria presente no pensamento de Walter Benjamin. Faz-se um histórico do uso da alegoria na tradição literária, com o intuito de vislumbrar a possibilidade de uma reavaliação, na modernidade, dessa figura de linguagem. As três obras em questão são analisadas a partir de diferentes níveis interpretativos, percorrendo os sentidos metalinguístico e figurado. A metalinguagem está presente em todos os textos estudados e se liga ao trajeto da alegoria e do romance na literatura ocidental, em um cenário amplo que vai desde a época medieval, passando pelos períodos do Barroco e do Romantismo, e chegando aos dias atuais. O sentido figurado das obras apresenta um viés que é associado à crítica social e às noções de utopia e distopia. Leva-se em consideração o pensamento de Lewis Mumford no que diz respeito à utopia e seu papel na história. Destaca-se também a tendência contemporânea à produção de uma literatura distópica. Através da viagem de aprendizado e crescimento espiritual de cada um dos protagonistas, o sentido figurado indica, ainda, três formas diferentes de peregrinar: a primeira, pela graça divina, a segunda, pela modernidade liberal, e a terceira, pela exposição exacerbada da fragilidade humana.