Guerreiras aquelas que nasceram nas trincheiras: representatividade e ressignificação nas vozes das Meninas da Terra
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil FAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO Programa de Pós-Graduação em Educação e Docência UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/44939 |
Resumo: | O apagamento histórico das populações negras provocou-lhes grandes prejuízos; dentre eles, a construção do imaginário de determinado tipo de mulher negra, por vezes estereotipado. Atualmente, os significados que os corpos femininos negros reverberam na sociedade têm provocado questionamentos. Tomando esse entendimento como ponto de partida, esta pesquisa tem como objetivo de estudo “Analisar como as Meninas que frequentam o “Programa Meninos da Terra” percebem e lidam com suas complexas existências sociais sendo atravessadas por aspectos próprios de ser mulher e negra; verificando quais são as suas estratégias de (res) significação de um lugar que por vezes pode se apresentar como estereotipado.” As temáticas centrais da pesquisa foram pensadas a partir do conceito de interseccionalidade, no sentido de compreender como as dinâmicas de produção social do machismo e do racismo estariam intrinsecamente ligadas. Como referencial teórico, o trabalho está situado entre as fronteiras produtivas dos Estudos Étnico-Raciais e dos Estudos de Gênero, em uma perspectiva Crítica. Para tanto, esta proposta faz uso das contribuições de trabalhos das teóricas dos Estudos Interseccionais, tais como: Carneiro (2003); Collins (2016); Crenshaw, (2004); Curiel (2007); Davis (1980); Gomes (1995); Gonzales (1984) e hooks (2015), que destacam de maneira crítica que o racismo é um demarcador de segregação da mulher negra em particular. Essas e outras questões serão verificadas por meio da investigação metodológica de base qualitativa, apoiada na investiga-ação que faz uso de recursos da orientação dos Jogos Teatrais: o fichário de Viola Spolin (2008), no primeiro momento de análise. E no segundo momento, a intenção Etnográfica (ANDRÉ, 2008) como instrumento de análise, foi compreendido como o Produto Final desta pesquisa. Sendo utilizado como recurso dialógico e interativo, encontros formadores e parcerias entre grupos do campo da arte e da cultura. O argumento central é o de que, na intersecção dos condicionantes de raça e gênero, são (re-) produzidos determinados modos de ser e de estar como mulher negra no mundo. |