A palavra em transe: o sonho e o silêncio em Mia Couto
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/ECAP-8RYH35 |
Resumo: | A partir dos romances Terra sonâmbula, O último voo do flamingo e Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, do escritor moçambicano Mia Couto, buscamos esclarecer sentidos e configurações do sonho e do silêncio, que são elementos extremamente relevantes no trabalho poético do escritor. Com base em autores como Paul Zumthor, Walter Ong, Kwane Appiah, Jean Derive, entre outros, pudemos associar tais elementos ao universo da oralidade e assim concluir que tanto o sonho como o silêncio contribuem para gerar 'efeitos de oralidade' no obra deste escritor. Além disso, nestas narrativas, a presença desses elementos poéticos está relacionada com a memória da guerra civil de Moçambique e com o desejo e necessidade de superar esse tempo. Para explorarmos esta dimensão, nós nos alimentamos de estudos do campo da psicanálise, recorrendo a estudiosos como Decio Gurfinkel, Jean-B. Pontalis, René Kes; amparamo-nos também em estudos do âmbito filosófico e antropológico. Na confluência dos sentidos do sonho e do silêncio, pudemos ver, por fim, 'a palavra em transe' nos romances de Mia Couto: o trabalho literário transitando pela oralidade e incorporando-a; a escritura atravessando o tempo passado e sonhando o tempo futuro |