Associação entre sono e desfechos clínicos em indivíduos com dor lombar
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil EEFFTO - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FISICA, FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/61115 |
Resumo: | OBJETIVOS: O objetivo do estudo um foi de revisar a literatura sistematicamente e investigar se o sono se associa com desfechos clínicos futuros em adultos com dor lombar (DL). Os objetivos do estudo dois foram i) investigar a associação da quantidade e eficiência de sono medidas objetivamente com mudanças em desfechos clínicos em idosos com DL crônica que receberam tratamento fisioterapêutico; e ii) examinar a associação transversal da quantidade, eficiência, latência, e fragmentação de sono com a catatrofização da dor. MÉTODOS: O estudo um foi uma revisão sistemática com meta-análises de estudos de coorte prospectivos e análises secundárias de ensaios clínicos aleatorizados. O estudo dois foi um estudo de coorte prospectivo com seguimento de dois meses que incluiu idosos (≥60 anos) com DL crônica que estavam iniciando tratamento fisioterapêutico no local de recrutamento. RESULTADOS: O estudo um incluiu 14 estudos, totalizando 19.170 participantes. Treze estudos foram classificados com alto risco de viés. Com base em uma abordagem de vote-counting, foram encontradas associações entre sono na linha de base e intensidade da dor futura e recuperação da DL; e entre mudanças no sono e mudanças na intensidade da dor, mudanças na incapacidade e recuperação da DL. Baixa qualidade de sono na linha de base foi associada moderadamente com a não melhora geral da DL no longo-muito longo prazo (OR=1,55; IC 95% 1,39 a 1,73; três estudos fornecendo tamanhos de efeito não ajustados), e a não melhora do sono foi associada fortemente com a não melhora geral da DL no curto-médio prazo (OR=3,45; IC 95% 2,54 a 4,69; quatro estudos fornecendo tamanhos de efeito não ajustados). Não foram encontradas associações entre sono na linha de base e incapacidade futura e melhora geral da DL no curto-médio prazo. Todos os achados foram sustentados por uma baixa-muito baixa qualidade de evidência. O estudo dois incluiu 51 participantes com seguimento completo (60,8% mulheres; idade média de 70,1±5,6 anos). Não foram encontradas associações entre qualidade e eficiência de sono e mudanças na intensidade da dor, mudanças na incapacidade e recuperação autorrelatada da DL na avaliação de seguimento. Uma correlação postiva foi encontrada entre fragmentação de sono e catastrofização da dor (r=0,30; IC 95% 0,03 a 0,54), no entanto, a associação não foi encontrada após o ajuste por potenciais confundidores. CONCLUSÕES: Nossos resultados do estudo um indicaram que o sono autorrelatado parece se associar com desfechos futuros de DL e a mudanças no sono parecem se associar com mudanças na DL. Com base nos resultados do estudo dois, a quantidade e eficiência de sono mensuradas objetivamente parecem não se associar com mudanças nos desfechos de DL após tratamento fisioterapêutico em idosos com dor lombar crônica. A fragmentação do sono mensurada objetivamente parece ser o domínio do sono com a relação mais forte com catastrofização da dor. |