"Tudo que tem olho tem dono" : aspectos cosmológicos de corpos e paisagem em Santarém Novo, PA.
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil FAF - DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA E ARQUEOLOGIA Curso de Especialização em Antropologia UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/45635 |
Resumo: | Esta etnografia com habitantes de Santarém Novo, no nordeste paraense, é fruto de entrevistas ou da prosa cotidiana, algumas ativadoras de um “tempo antigo”, nas quais aparecem relações de vizinhança com bichos, encantados, mães, donos e feiticeiras que habitam o manguezal, o igarapé, a ilha, o mato e caminhos. Estar nesses lugares é frequentar a casa alheia, ao mesmo tempo que as paisagens participam de processos vitais e acontecimentos com uma dupla dimensão que constituem corpos e a socialidade local. Tento traduzir alguns aspectos cosmológicos que compõem essas relações, em diálogo com etnografias realizadas com povos ameríndios e populações amazônicas. Condutas de evitação e limites cotidianos, resguardos, regulamentos para a pesca e tirada de caranguejo revelam uma relação generalizada de predação. Motivados por uma ameaçadora continuidade ontológica entre humanos e “mundo natural”, vive-se uma diplomacia por meio do contraste entre bicho e gente, donos destas paisagens e donos de quintais, um modo de coexistir. |