Análise dos fatores sociodemográficos modificáveis e não modificáveis envolvidos na cognição dos idosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Lívia Rabelo Pires
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA
Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Saúde do Adulto
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/78163
Resumo: INTRODUÇÃO: O número de idosos vem crescendo de forma significativa no Brasil, podendo atingir 25,49% da população total em 2060. Durante o processo de envelhecimento patológico, podem ocorrer declínio cognitivo e funcional e aumento no risco de desenvolvimento de demência. Os casos de demência em países de baixo e médio poder socioeconômico tendem a exibir um crescimento consideravelmente maior do que em países de alto poder socioeconômico. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar se os indicadores sociodemográficos e econômicos (escolaridade dos pais, profissão paterna, escolaridade, atividades de lazer, nível socioeconômico, educação tardia e Quociente de Inteligência (QI)) estão associados com o desempenho cognitivo em idosos com cognição normal e com comprometimento cognitivo leve amnéstico. METODOLOGIA: Realizamos um estudo transversal envolvendo 69 idosos brasileiros da cidade de Belo Horizonte (Minas Gerais), com e sem comprometimento cognitivo, sem declínio funcional e com escolaridade entre 0 e 12 anos. Todos os sujeitos incluídos passaram por avaliação geriátrica ampla e avaliação neuropsicológica. Utilizamos regressão linear para analisar a relação entre os fatores sociodemográficos e a cognição dos idosos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A análise de correlação demonstrou que o QI associou-se com as habilidades executivas, atenção e conceituais. A escolaridade apresentou associação significativa com as medidas cognitivas do presente estudo. O nível socioeconômico demonstrou associação com as habilidades de funções executivas, atenção, construção e conceituação. A escolaridade dos pais correlacionou-se positivamente com habilidades de visuoconstrução. O nível ocupacional teve associação positiva com cognição geral, atenção e conceituação. O diagnóstico de Diabetes Mellitus apresentou correlação com memória. As análises de regressão indicaram que o nível de QI prevê as funções executivas e a cognição geral na vida adulta. A escolaridade prevê a cognição geral, as funções executivas, a memória e a conceituação e tende a explicar o domínio da atenção. CONCLUSÃO: Nossos resultados sugerem que fatores sociodemográficos, como QI, escolaridade, nível sociodemográfico, escolaridade dos pais e nível ocupacional, têm associação com as habilidades cognitivas e podem atuar como fatores de proteção para declínio cognitivo em idosos com cognição normal e com comprometimento cognitivo leve. Estudos com população maior são necessários para confirmar nossos achados e avaliar o papel desses fatores na redução do risco de desenvolver demência. Palavras-chave: Comorbidades. Fatores de proteção. Cognição. Idosos.