Posição na ocupação, condições e características de trabalho e emprego e o consumo alimentar no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Marcela Mello Soares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
ENF - DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO
Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Saúde
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/39384
Resumo: Introdução: Pessoas economicamente ativas passam em média um terço de seu tempo em atividades de trabalho e por isso as condições e características desse trabalho tem efeitos decisivos na alimentação e saúde dessa população. Objetivo: Analisar a associação entre a posição na ocupação e as condições e características de trabalho e emprego e o consumo alimentar na população adulta do país. Métodos: Dados de 52.475 participantes da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) realizada em 2019, estudo transversal de base domiciliar, representativo da população brasileira, foram analisados. Para identificação dos padrões de alimentação utilizou-se a análise de componentes principais. Modelos de regressão linear foram utilizados para a análise da relação, bruta e ajustada, entre os padrões formados por indicadores de alimentação e a posição na ocupação e as características e condições de trabalho. Resultados: Identificou-se a existência de dois padrões envolvendo indicadores de alimentação. Por reunir variáveis que remetem a alimentos In Natura ou minimamente processados (consumo de hortaliças, frutas e leite), o primeiro padrão foi nomeado de “In Natura”. Por reunir variáveis que remetem a alimentos processados e ultraprocessados (consumo de bebidas açucaradas, doces e lanches), o segundo padrão foi nomeado de “Ultraprocessados”. Nos modelos completos, observou-se associação significativa apenas para os empregadores (Coef 0,17; p = 0,00) em relação ao padrão 1 “In Natura”. Considerando os mesmos modelos, exposição passiva ao fumo em ambiente de trabalho (Coef - 0,214; p = 0,000) esteve inversamente associado ao escore de adesão a este padrão (In Natura). Por outro lado, trabalhar em horário noturno (Coef 0,106; p = 0,004), exposição passiva ao fumo em ambiente de trabalho (Coef 0,152, p = 0,000), a jornada excessiva de trabalho (Coef 0,063; p = 0,026), a demanda física intensa no trabalho (Coef 0,157; p = 0,000), e a exposição a dois ou mais fatores de risco a saúde no ambiente de trabalho (Coef 0,107; p = 0,011 para exposição a dois fatores e Coef 0,137; p = 0,003 para exposição a três ou mais) estiveram mais associados ao padrão 2 (ultrprocessados). Conclusão: Ter uma melhor posição na ocupação esteve associada ao padrão “In Natura” (padrão 1). As condições e características de trabalho e emprego estiveram associados ao padrão Ultraprocessados” (padrão 2).