Uso do habitat pela anta (Tapirus terrestris Linnaeus, 1758) em áreas de regeneração florestal no Bioma Amazônia, Brasil
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Conservacao e Manejo da Vida Silvestre UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/36055 |
Resumo: | A constante transformação das paisagens naturais em áreas de monoculturas, pastagens e atividades extrativistas vem reduzindo dramaticamente a cobertura de habitats naturais. A fragmentação é um dos processos que mais afeta os biomas brasileiros, sendo a Amazônia um dos afetados no cenário atual. A atividade mineradora trouxe graves consequências para esse bioma, sendo a extração de bauxita, por exemplo, uma das principais causadoras de impactos ambientais. Uma das estratégias de recuperação dessas áreas é o reflorestamento com espécies nativas de plantas. A anta é o maior mamífero herbívoro neotropical e exerce um papel essencial nesse processo de recuperação. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi investigar o uso de habitats pela espécie em uma Floresta Nacional na Amazônia, formada por áreas em diferentes estágios de regeneração de habitat degradado pela exploração de bauxita. Para a detecção da anta, utilizamos armadilhas fotográficas e observações diretas e indiretas em transectos lineares. Testamos se o uso dos habitats em recuperação pela anta, assim como a probabilidade de detecção da espécie, poderia ser explicado pela idade de reflorestamento dessas áreas, pela distância entre os corpos d’água mais próximos e pelo tamanho da área reflorestada. Hipotetizamos ainda uma maior probabilidade de detecção da espécie na estação seca, quando se movimenta mais para buscar recursos. A idade de reflorestamento das áreas em recuperação foi a covariável mais explicativa para os parâmetros analisados, correlacionando-se negativamente com a probabilidade de a espécie usar o sítio amostral. Os resultados mostram que a anta seleciona habitats em estágios iniciais de regeneração, ajudando a potencializar esse processo através da preferência por plantas jovens e da dispersão de suas sementes. Portanto, manter populações viáveis de anta na Floresta Amazônica é imprescindível para garantir a qualidade dos habitats. Uma vez que o cenário atual do bioma engloba as inevitáveis transformações da paisagem provocadas pela demanda antrópica, conservar espécies como a anta, que auxiliam no processo de regeneração de habitats degradados, trata-se de uma medida urgente e necessária. |