Efeito do MTA Fillapex sobre a atividade de macrófragos peritoneais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Julia Mourao Braga
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
MTA
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9LEPME
Resumo: A obturação do sistema de canais radiculares após a limpeza e modelagem é fundamental para o sucesso do tratamento endodôntico. Os materiais obturadores devem ter propriedades físicas e químicas favoráveis. Além disso, é altamente desejável que sejam biocompatíveis, porque, muitas vezes, são colocados em contacto íntimo com os tecidos periapicais, através do forame e das comunicações acessórias apicais. O Agregado Trióxido Mineral (MTA) é conhecido por sua excelente biocompatibilidade e capacidade de vedação. No entanto, apesar das suas características favoráveis, o MTA não apresenta as propriedades físicas necessárias para ser usado como cimento obturador. Em uma tentativa de combinar as propriedades físico-químicas de um cimento endodôntico com as propriedades biológicas do MTA, um cimento obturador à base de MTA (MTA Fillapex ®-Angelus, Londrina, Paraná, Brasil), foi introduzido no mercado. Neste estudo, testou-se o efeito do MTA e do MTA Fillapex (FLPX) sobre a atividade de macrófagos inflamatórios peritoneais M1 (provenientes de camundongos C57BL/6) e M2 (provenientes de camundongos Balb/c). Foram avaliadas: a viabilidade e aderência celular, a fagocitose de Saccharomyces Boulardii, a produção de ROIs, quando os macrófagos foram ou não estimulados com zymosan, e a produção de TNF, IL-12, IL-10 e NO, quando estimulados ou não com o Fusobacterium nucleatum, Peptostreptococcus anaerobius, na presença ou ausência do IFN-. O FLPX afetou a viabilidade celular, a aderência e a atividade fagocitária dos macrófagos M1 e M2. Ao contrário, o MTA não afetou a viabilidade celular, a capacidade de aderência e a atividade fagocitária dos macrófagos peritoneais M1 e M2. O FLPX diminuiu a produção de ROS e também a produção de NO, em culturas com estímulo bacteriano, pelos macrófagos M1 e M2. O MTA e o FLPX não diminuíram a expressão de IL-10 pelos M1 e M2. Os macrófagos M2 não produziram IL-12. O FLPX diminuiu a expressão de TNF- por macrófagos M2 estimulados com F.nucleatum. Podemos concluir que o MTA Fillapex inibiu atividades importantes dos macrófagos peritoneais M1 e M2.