Dor na sala de recuperação pós-anestésica: incidência e fatores preditivos
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil ENFERMAGEM - ESCOLA DE ENFERMAGEM Programa de Pós-Graduação em Enfermagem UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/46851 |
Resumo: | Objetivo: Analisar a incidência da dor e seus fatores preditivos na sala de recuperação anestésica. Método: Trata-se de um estudo em três fases: (1) revisão sistemática de literatura. Esta fase seguiu as recomendações metodológicas do Instituto Joanna Briggs para revisões de etiologia e fatores de risco; (2) estudo observacional, analítico, prospectivo, realizado em dois momentos de avaliação, antes e depois do procedimento cirúrgico. Como local para o estudo, foi escolhido o Centro Cirúrgico de um hospital universitário do estado de Minas Gerais. Para seleção dos pacientes, foi feita uma amostragem não probabilística, por conveniência, dos casos consecutivos os quais realizaram cirurgia eletiva, nos meses de fevereiro a setembro de 2019. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais. A coleta de dados ocorreu em duas fases, primeira durante o período pré-operatório, na sala de recepção do Centro Cirúrgico e a segunda na sala de recuperação pós-anestésica. (3) formulação deum modelo preditivo utilizando como tratamento estatístico Path Analysis. Os ajustes do modelo foram verificados por meio dos índices de ajuste Comparative Fit Indexe Root Mean Square Error of Approximation. Resultados:(1) Na revisão sistemática foram achados 735 estudos e selecionados 10 para a síntese. Os principais fatores de risco achados foram idade, sexo, ansiedade, tabagismo, uso de opioide, classificação do estado clínico, tempo de cirurgia, tipo de cirurgia. Com estes resultados foi construído um questionário para coleta de dados utilizado na segunda fasedo estudo. (2) No estudo observacional, a amostra final foi constituída por 226pacientes,189 (83,6%) foi do sexo feminino e com idade média de 47,58 anos, com desvio padrão de 13,96 anos; 154(68,1%) com classificação do estado clínico pela American Society Anesthesiologists igual a II. A média do tempo de duração da cirurgia foi de 163,9minutos, com desvio padrão de 75,9 minutos. Na sala de recuperação pós-anestésica72 (31,9%) dos pacientes referiram dor, a média da máxima dor sentida foi de 2,2 pontos, com desvio padrão de 3,4 pontos(valor mínimo de 0 e máximo de 10pontos). (3) Na construção do modelo preditivo, foi testado um modelo com as variáveis sociodemográficas, variáveis clínicas e variáveis cirúrgicas. Os resultados não indicaram bom ajuste aos dados para o modelo, incluindo todas as variáveis preditivas. Do mesmo modo, foi testado o modelo final com índices de modificação com resultados que indicaram um ajuste aceitável a os dados. Assim, idade, sexo, tipo de diagnostico, tipo de cirurgia, tempo de cirurgia e analgésico intraoperatório foram variáveis preditoras para dor na sala de recuperação pós-anestésica. Conclusão: A incidência da dor na sala de recuperação pós-anestésica é alta e foram identificados seis preditores para dor na sala de recuperação pós-anestésica. Estes devem ser reconhecidos como fatores potencialmente importantes ao desenvolver protocolos de cuidados clínicos específicos para melhorar os resultados da dor e orientar futuras pesquisas sobre dor pós-operatória. |