A Construção Épica na Amazônia no Poema Muhuraida, de Henrique João Wilkens

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Yurgel Pantoja Caldas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/ECAP-6ZGG7V
Resumo: Partindo da leitura dos poemas épicos da segunda metade do século XVIII - O Uraguay (1769), de José Basílio da Gama, e Caramuru (1781), de Santa Rita Durão -, este trabalho busca a inserção do épico Muhuraida (1785), de Henrique João Wilkens, na tradição literária brasileira como texto fundador da literatura amazônica. Utilizando elementos da força político-administrativa das capitanias do Norte do Brasil e da presença poderosa das ordens religiosas na Amazônia, Muhuraida instaura-se com particular interesse para a formação cultural daquela região, marcada por um movimento constante de contradições a ambigüidades, próprio do texto ficcional de Wilkens. Ao contribuir para que a obra épica de Henrique João Wilkens seja inserida na nossa tradição literária, este trabalho também se ocupa em articular os signos que circulam sob a forma de elementos estético-literários, histórico-geográficos e político-ideológicos presentes tanto na narrativa de Muhuraida quanto na pretensa objetividade da correspondência oficial, entre os séculos XVIII e XIX, envolvendo o próprio Wilkens e outros atores do extermínio dos índios Mura. A percepção dos diálogos entre ficção e História, que o poema de Wilkens evoca, também auxilia no entendimento da construção ideológica do colonizador sobre o índio, tido e havido como encarnação do Mal e do atraso econômico da região.