Identificação de marcadores químicos para diagnóstico das intoxicações por Cestrum axillare (C. laevigatum) e Cestrum mariquitense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Jéssica Baeça Rezende Marinho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/48662
Resumo: O objetivo deste trabalho foi identificar e quantificar marcadores químicos para o diagnóstico laboratorial da intoxicação por folhas de Cestrum axillare (anteriormente C. laevigatum) e Cestrum mariquitense. Foram coletadas uma amostra de cada uma destas espécies no período de julho/2018 até janeiro/2020. As amostras foram coletadas mensalmente, na primeira semana do mês, no município de Esmeraldas e Belo Horizonte - MG. As coletas foram feitas em diferentes épocas do ano (primavera, outono, verão, inverno) e nas várias fases do desenvolvimento vegetal (floração, frutificação e somente a presença de folhas). Foram identificados dois compostos principais nos extratos das folhas de C. axillare e C. mariquitense, denominados: Composto 1 eComposto 2. As concentrações destes dois compostos apresentaram variação sazonal, mas não foram afetadas pela pluviosidade. Na comparação das espécies, C. mariquitense teve maior dosagem do Composto 2. A segunda etapa do presente estudo visou determinar a presença dos compostos isolados das folhas de C. axillare e C. mariquitense em amostras de fígado e fluido ruminal de animais intoxicados, visando o desenvolvimento de metodologia analítica para futura utilização na rotina diagnóstica. Assim, a técnica para determinação dos dois compostos foi adaptada para amostras de fluido ruminal e fígado. Inicialmente, foram utilizadas amostras brancas (de animais sem exposição às plantas pesquisadas), analisadas com e sem adição dos compostos 1 e 2 para confirmar a eficiência do processo de extração e a ausência de interferência da matriz na identificação dos compostos. A confirmação da eficácia da metodologia foi obtida com amostras de um caprino experimentalmente intoxicado e de casos espontâneos em bovinos. Nas amostras de fígado e fluido ruminal, foi possível identificar a presença do Composto 2, cuja similaridade química foi confirmada pelo espectro UV. Ainda não encontraram nenhum dos dois compostos nas amostras dos outros casos de mortes de bovinos que não apresentavam lesões patológicas compatíveis com esta intoxicação. Assim, o Composto 2 se mostrou um bom marcador para diagnóstico da intoxicação de ruminantes por plantas do gênero Cestrum.