Detecção de human gammaherpesvirus 4 (Epstein-Barr virus) em liquido cefalorraquidiano de crianças com suspeita de meningoencefalite no estado de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Nathalia Martins Quintão
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
ICB - DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA
Programa de Pós-Graduação em Microbiologia
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/35222
Resumo: Epstein-Barr virus pertence à subfamília Gammaherpesvirinae da família Herpesviridae e é o agente etiológico da mononucleose infecciosa. A transmissão de EBV geralmente é pela saliva sendo o quadro clássico de infecção primária a mononucleose e apenas 5% dos casos evoluem para quadros de meningoencefalites. Os grupos de risco são principalmente crianças da primeira infância e pacientes imunocomprometidos. No Brasil, nos últimos 10 anos foram registrados aproximadamente 22 mil casos de meningites e encefalites virais, sendo 52% dos casos em crianças com até 14 anos de idade. O ensaio de PCR em tempo real (qPCR) revoluciona o diagnóstico de neuroinfecções virais. O objetivo deste trabalho foi detectar a presença de DNA genômico e de mRNA de EBV por qPCR para casos de meningoencefalites em pacientes de Minas Gerais e construir, com base na análise de prontuário dos pacientes e dados disponíveis no DATASUS, um breve panorama dos casos de meningoencefalites por EBV. Amostras de líquor de 390 pacientes foram avaliados por qPCR SYBR Green empregando os iniciadores EBNA-1 e gp350. Das amostras testadas 78 foram positivas para EBV (qPCR e sequenciamento). Destes, 48,7% tinham até 5 anos de idade quando foram internados. Os resultados obtidos neste estudo corroboram com os casos descritos na literatura e alertam para a frequência de infecção por EBV em meningoencefalite, o que pode impactar no prognóstico e tratamento da doença.