Um olhar sobre a LER/DORT no contexto clínico do fisioterapeuta.
Ano de defesa: | 2006 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/MSMR-729P92 |
Resumo: | O fenômeno da LER/DORT (Lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionado ao Trabalho) é caracterizado por heterogeneidade do quadro clínico, dificuldades de diagnóstico, tratamento e reabilitação. Observando-se a prática clínica, é comum, entre os profissionais de saúde, e mais especificamente entre os fisioterapeutas colocações do tipo: pacientes com LER/DORT não apresentam prognóstico favorável. A fundamentação para este tipo de pressuposto clínico ainda não está clara. Assim, o objetivo deste estudo foi conhecer as representações dos fisioterapeutas a respeito da LER/DORT e analisar como estas representações interferem na prática clínica. Participaram do estudo 14 fisioterapeutas da cidade de Divinópolis, Minas Gerais, cujo o tempo de graduação oscilou entre 1973 e 2005. O estudo foi realizado numa abordagem qualitativa e os recursos metodológicos foram entrevista semi-estruturada e observação não participante. A teoria das representações sociais e a epistemologia comparativa serviram como referenciais teóricos. Considerando que cada método revela diferentes aspectos da realidade empírica, buscou-se a triangulação das unidades temáticas com a informação da literatura e os dados da observação. A análise das entrevistas revelou que a representação dos fisioterapeutas sobre LER/DORT e o doente foi elaborada coletivamente a partir da realidade cotidiana e que se configurou entre os entrevistados um estilo de pensamento reducionista. Desta forma, verificou-se uma concepção mecanicista do organismo humano, com a perda do vínculo entre o doente a doença. Este tipo de representação da LER/DORT gera um estilo de pensamento que favorece à culpabilização do paciente e a acomodação do profissional frente à complexidade do problema. Logo, torna-se urgente que o profissional entenda que o corpo biológico é criado e desenvolvido em um ambiente cultural e social específico, portanto, não basta concentrar esforços na tentativa de restaurar o funcionamento normal do corpo se as demandas do paciente são desconsideradas. O conhecimento técnico científico do fisioterapeuta deve ser conciliado com a expressão subjetiva do paciente na busca de estratégias de intervenção mais eficazes. |