Aspectos fenotípicos celulares da imunidade inata e adaptativa emportadores de hepatite C crônica com e sem insuficiência renal crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Eric Bassetti Soares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-6XQQPK
Resumo: A história natural da hepatite C crônica varia de lesões mínimas à cirrose. Além disso, a infecção pelo HCV permanece freqüente em pacientes com insuficiência renal crônica em hemodiálise, com progressão lenta. Fatores virais e do hospedeiro envolvidos na patogênese da doença crônica estão sob investigação. Este estudo teve por objetivo avaliar a resposta imune através da análise da freqüência de populações e subpopulações de leucócitos do sangue periférico, a expressão de moléculas de ativação e co-estimuladoras, o potencial migratório e a correlação entre a população de linfócitos T de indivíduos com hepatite C crônica. Para a análise, subpopulações leucocitárias foram avaliadas por citometria de fluxo antes do tratamento. Três grupos foram incluídos: portadores crônicos do vírus da hepatite C (grupo HCV, n=32), portadores crônicos do vírus da hepatite C com insuficiência renal crônica em hemodiálise (grupo IRC, n=9) e controles não infectados (grupo NI, n=14). Os resultados demonstraram que as freqüências de linfócitos T CD4+ e T CD8+ ativados (HLA-DR+) e da fração de linfócitos T CD4+ CD28- foram superiores nos grupos HCV e IRC comparados ao grupo NI. A expressão de CD18 em eosinófilos, monócitos, neutrófilos e linfócitos T CD4+ e CD8+ foi menor nos grupos HCV e IRC em relação ao grupo NI, bem como CD62L em neutrófilos, mas não em eosinófilos e linfócitos. Apesar da ausência de diferenças, nos três grupos, na freqüência de populações e subpopulações majoritárias de leucócitos do sangue periférico, a análise de subpopulações celulares permitiu identificar características fenotípicas distintas entre os grupos HCV e IRC, o 27 que pode contribuir para o entendimento das diferenças imunopatogênicas. Fração inferior de monócitos CD62L+ foi observada somente no grupo IRC. Houve correlação positiva entre a freqüência de linfócitos T CD8+HLA-DR+ e CD4+HLA-DR+ nos grupos HCV e IRC. Além disso, mais quatro correlações foram observadas no grupo HCV, como a correlação direta entre CD8+HLADR+ e NK, reforçando a hipótese de maior dano tissular nesses indivíduos, junto com a correlação inversa entre HLA DR+ e a expressão de CD62L+ em linfócitos T CD4 e CD8, um marcador fenotípico de ativação contínua e persistente, que não foi observado no grupo IRC. Em conclusão, nossa análise de marcadores fenotípicos envolvidos em eventos de ativação, co-estimulação e migração celular permitiu identificar um perfil imune de caráter inflamatório misto na infecção crônica pelo vírus C, com componentes da imunidade inata e adaptativa.A história natural da hepatite C crônica varia de lesões mínimas à cirrose. Além disso, a infecção pelo HCV permanece freqüente em pacientes com insuficiência renal crônica em hemodiálise, com progressão lenta. Fatores virais e do hospedeiro envolvidos na patogênese da doença crônica estão sob investigação. Este estudo teve por objetivo avaliar a resposta imune através da análise da freqüência de populações e subpopulações de leucócitos do sangue periférico, a expressão de moléculas de ativação e co-estimuladoras, o potencial migratório e a correlação entre a população de linfócitos T de indivíduos com hepatite C crônica. Para a análise, subpopulações leucocitárias foram avaliadas por citometria de fluxo antes do tratamento. Três grupos foram incluídos: portadores crônicos do vírus da hepatite C (grupo HCV, n=32), portadores crônicos do vírus da hepatite C com insuficiência renal crônica em hemodiálise (grupo IRC, n=9) e controles não infectados (grupo NI, n=14). Os resultados demonstraram que as freqüências de linfócitos T CD4+ e T CD8+ ativados (HLA-DR+) e da fração de linfócitos T CD4+ CD28- foram superiores nos grupos HCV e IRC comparados ao grupo NI. A expressão de CD18 em eosinófilos, monócitos, neutrófilos e linfócitos T CD4+ e CD8+ foi menor nos grupos HCV e IRC em relação ao grupo NI, bem como CD62L em neutrófilos, mas não em eosinófilos e linfócitos. Apesar da ausência de diferenças, nos três grupos, na freqüência de populações e subpopulações majoritárias de leucócitos do sangue periférico, a análise de subpopulações celulares permitiu identificar características fenotípicas distintas entre os grupos HCV e IRC, o 27 que pode contribuir para o entendimento das diferenças imunopatogênicas. Fração inferior de monócitos CD62L+ foi observada somente no grupo IRC. Houve correlação positiva entre a freqüência de linfócitos T CD8+HLA-DR+ e CD4+HLA-DR+ nos grupos HCV e IRC. Além disso, mais quatro correlações foram observadas no grupo HCV, como a correlação direta entre CD8+HLADR+ e NK, reforçando a hipótese de maior dano tissular nesses indivíduos, junto com a correlação inversa entre HLA DR+ e a expressão de CD62L+ em linfócitos T CD4 e CD8, um marcador fenotípico de ativação contínua e persistente, que não foi observado no grupo IRC. Em conclusão, nossa análise de marcadores fenotípicos envolvidos em eventos de ativação, co-estimulação e migração celular permitiu identificar um perfil imune de caráter inflamatório misto na infecção crônica pelo vírus C, com componentes da imunidade inata e adaptativa.