O romance como epopéia de uma era: um estudo do romance Angústia, de Graciliano Ramos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Rosa Lucia Miguel Fontes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/LETR-89PK4H
Resumo: Esta dissertação procura investigar o romance Angústia, como gênero moderno, dentro de uma perspectiva analítica, reflexiva e histórica, a começar pela constituição do herói problemático, representando seu tempo e seu espaço. A base teórica desta pesquisa é a concepção do romance expressa na Teoria do Romance, de Lukács. Para o teórico, o romance surge da dissolução da narrativa medieval e somente no século XIX ele se confirma como forma típica da consciência burguesa da literatura, expressando seus dilemas e dando nova e moderna configuração ao gênero. O romance Angústia não trata apenas sobre a história de um herói problemático, mas sobre o seu contexto histórico problemático, isto é, o tempo e a sociedade do Brasil da época. Luís da Silva representa a sociedade moderna e seu destino é imposto por determinações sociais, pessoais, familiares e políticas, bem como as concepções de tempo e espaço e, também, a relação do escritor no seu ato criador - ironia - como 'intenção normativa do romance' que traz subjacente à narrativa a perspectiva do autor como traço biográfico.