Orientação nutricional e consumo alimentar segundo a classificação NOVA de alimentos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Caroline Otoni da silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
ENFERMAGEM - ESCOLA DE ENFERMAGEM
Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Saúde
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/35837
Resumo: Introdução: orientações nutricionais são recomendações de cunho objetivo, e uma das estratégias utilizadas para promover práticas alimentares saudáveis e auxiliar na prevenção e tratamento de doenças. Objetivo: investigar o consumo alimentar, segundo a NOVA, e sua associação com o relato de recebimento de orientação nutricional em usuários do Programa Academia da Saúde (PAS). Métodos: estudo transversal conduzido com amostra representativa do PAS (n=18) de Belo Horizonte-MG, com todos os indivíduos com 20 anos ou mais de idade frequentes no serviço (n=3.331). Os participantes responderam a entrevista constando de: dados sociedemográficos (sexo, idade, renda e escolaridade); morbidade referida (Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial e Dislipidemia); recebimento de orientação nutricional autorreferido; consumo alimentar, obtido pela média de dois Recordatórios Alimentares de 24 Horas; tempo de permanência no PAS; prática de atividade física; além de aferidas as medidas de peso e altura para o cálculo do Índice de Massa Corporal. O consumo de alimentos foi categorizado segundo a classificação NOVA de alimentos (alimentos in natura e minimamente processados; ingredientes culinários processados; processados e ultraprocessados) e estimado em calorias totais e percentual de energia. A associação entre o relato de recebimento de orientação nutricional e as informações socioedemográficass, de saúde e o consumo calórico, segundo os grupos alimentares da NOVA, foram verificadas pelos testes estatísticos de Qui-quadrado, Mann whitney e t de Student. Resultados: a maioria dos participantes era mulheres (88,5%) e com até 9 anos de estudo (63,8%). Aproximadamente metade dos participantes, possuía hipertensão arterial, 16,8% diabetes, 43,9% dislipidemia e 62,7% estavam com excesso de peso. O recebimento prévio de orientação nutricional foi relatado por 59,6% dos entrevistados, sendo mais prevalente entre os indivíduos que relatavam possuir alguma morbidade ou excesso. A maior contribuição calórica da dieta correspondeu ao consumo de alimentos in natura/minimamente processados (56,6%), seguido pelos alimentos ultraprocessados (27,7%), processados (10,9%), e ingredientes culinários processados (4,8%). Apenas o consumo de ingredientes culinários processados foi associado com o recebimento de orientação nutricional (5,2%, IC95%: 4,9; 5,5 vs. 4,5%, IC95%: 4,3; 4.7; p<0,01). Conclusão: o menor consumo de ingredientes culinários processados identificado entre os indivíduos que relataram ter recebido orientações nutricionais sugere um possível enfoque neste tipo de recomendação nas orientações nutricionais realizadas. Apesar do elevado consumo de alimentos ultraprocessados, não foram encontradas diferenças no consumo segundo o recebimento de orientação nutricional, denotando a necessidade de realizar no PAS intervenções que visem reduzir o seu consumo, haja vista seus efeitos prejudiciais à saúde.