Avaliação de incorporação de agentes antibacterianos a cimentos resinosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Emilio Akaki
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/MAPO-7REJHN
Resumo: As restaurações indiretas odontológicas têm sido cada vez mais solicitadas pelos pacientes no consultório odontológico. Tais restaurações têm uma longevidade menor do que as tradicionais restaurações metálicas. Uma das maneiras de se aumentar a sua durabilidade seria incorporar agentes antibacterianos aos cimentos resinosos. Neste trabalho iniciamos os estudos nesta linha de pesquisa adicionando o triclosan (Irgasan DP-300, Ciba-Geigy ) e o diacetato de clorexidina (Sigma ) em diferentes proporções (1 a 3% p/p) em duas marcas comerciais (C&B - Bisco e Fill Magic Dual Cement Vigodent ) de cimento resinoso. Os corpos de prova foram manipulados de acordo com as instruções do fabricante. As imagens do MEV mostraram que não há uma distinção clara entre as fases presentes: matriz orgânica, matriz inorgânica e agentes antibacterianos. As imagens sugerem que não houve uma aglomeração indesejada dos agentes antibacterianos. Para avaliar a distribuição dos agentes antibacterianos no cimento resinoso, os corpos de prova foram submetidos ao tratamento térmico seletivo. Os corpos de prova foram submetidos à temperatura de 160 graus C para eliminação dos agentes antibacterianos. As imagens do MEV mostram que os espaços vazios que seriam preenchidos pelos agentes antimicrobianos têm uma boa distribuição na superfície da amostra. Os resultados do EDS mostram a presença dos agentes antibacterianos em diferentes regiões das áreas analisadas previamente ao tratamento térmico. À temperatura de 750 graus C houve a eliminação da matriz orgânica. A média do percentual de carga inorgânica para os dois cimentos resinosos ficou em torno de 40,5% (p/p). A análise termogravimétrica demonstrou que a decomposição térmica dos cimentos resinosos é semelhante a das resinas compostas devido à semelhança nas composições. As análises do FTIR mostraram que não ouve grande diferença entre os espectros dos cimentos resinosos antes e depois da incorporação devido à baixa concentração dos agentes antibacterianos. A liberação de agentes antimicrobianos em água deionizada a 37 graus C foi diferente nas concentrações de 1% e 3% (ANOVA - p=0,00). Os grupos que continham a concentração de 3% de agentes antibacterianos liberaram mais triclosan ou clorexidina do que os grupos que continham 1% nos tempos de 3, 6 e 21 dias, independente da marca comercial do cimento resinoso. A maior liberação de agentes antimicrobianos aconteceu nos seis primeiros dias. Apesar da liberação de agentes antimicrobianos, os grupos com incorporação de triclosan não apresentaram efetividade antimicrobiana contra o S. mutans ATCC 35535. Os grupos com concentração de 3% do diacetato de clorexidina apresentaram um halo significativamente maior do que os grupos com concentração de 1%. A incorporação de agentes antimicrobianos aos cimentos resinosos influenciou na microdureza Knoop do grupo CBCLD3%. Para os outros grupos, a adição de agentes antimicrobianos não influenciou na microdureza. Mais estudos sobre esta incorporação são necessários com o objetivo d einvestigar possíveis alterações em outras propriedades físicas e biocompatibilidade.