Espiritismo Kardecista brasileiro e cultura política: história e trajetórias recentes.
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/BUBD-895PXN |
Resumo: | No primeiro capítulo tratamos das raízes doutrinárias do espiritismo kardecista no século XIX. Verificamos fortes identificações do Espiritismo como os princípios iluministas e liberais europeus, especialmente da França nos enunciados de Jean JacquesRousseau, Montesquieu, Alexis de Tocqueville e do inglês John Stuart Mill. Constatação importante, na medida em que sua manifestação brasileira entre os séculos XIX e XX encontra entraves seja durante o Império, seja após a proclamação da república, tanto da Igreja Católica em particular, quanto dos antiliberais de um modo em geral. No segundo capítulo trataremos de mapear os momentos de tensão entre segmentação e união no campo espírita, seu relacionamento com a hegemonia católica, e, finalmente, o surgimento de novas matrizes a partir do declínio dessa hegemonia. No terceiro capítulo faremos umaincursão no universo associativo espírita, sua organização interna não-sacerdotal e baseada em formas de representação, voto, e discussão, enfim na adesão de regras democráticas de condução dos processos decisórios. No capítulo quatro aprofundaremos na matriz doTerceiro Setor e da cidadania. Veremos também o que essa organização tem a ver com o Novo Associativismo que surge no Brasil após a redemocratização na década de 1980. Aprofundaremos a análise de sua modernização e crescente identificação com o Terceiro Setor, bem como de que modo se dá a apropriação do termo cidadania a sua linguagem. E por fim, na conclusão, veremos no que a elaboração política original do kardecismo se coaduna com a face pública do campo espírita atual, bem como sua contribuição para a democratização social. |