Narrativas de docentes LGBTI+ no ensino superior: uma análise das repercussões da cisheteronormatividade nas identidades

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Isabella Campos Freitas D'Avila
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
FAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Programa de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão Social
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/44801
https://orcid.org/0000-0002-6794-460X
Resumo: Este estudo teve como propósito analisar as narrativas de pessoas LGBTI+ que exercem a docência no Ensino Superior privado de Belo Horizonte. Como desdobramento deste foram identificadas e descritas as narrativas e as identidades dessas pessoas, tendo como foco as influências da cisheteronormatividade. Ainda foi analisado como as metamorfoses dessas identidades aparecem, considerando as interseccionalidades, as políticas de identidade e as identidades políticas. A construção dos objetivos se deu a partir da compreensão da lógica social na qual se estruturam as relações humanas em uma sociedade que é lida como capitalista, colonial, patriarcal e cisheteronormativa. A partir disso, tomou-se como perspectiva de mundo, para olhar para o objeto de estudo de forma crítica, a interseccionalidade, a decolonialidade, o feminismo (negro, principalmente) e a educação libertadora. O método empregado foi a entrevista narrativa com 10 pessoas LGBTI+ que atuam na docência no Ensino Superior privado de Belo Horizonte. A análise de dados foi elaborada a partir da proposta de Ciampa (1987) e Lima (2010), que buscam localizar as metamorfoses nas identidades. Com as entrevistas foi possível localizar 11 “achados”, percebendo como a interseccionalidade aparece dentro da perspectiva de gênero para as mulheres, como a raça aparece forte para as pessoas negras e a classe como possibilidade de ascensão através da docência. A maneira como falam de si está vinculada a sensação de segurança no espaço educacional e, muitas vezes, aparece através da temática da aula, principalmente quando se fala em Direitos Humanos. Percebeu-se que há uma variedade de maneiras de lidar com a cisheteronormatividade e impossibilidade de se desvencilhar dela por completo, mas cada docente, a partir da prática educacional, demonstrou desenvolver estratégias articuladas com sua identidade para lidar com a estrutura social e trabalhar por uma educação democrática e libertadora.