A ausência de concordância verbal em português: uma abordagem sociolingüistica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1984
Autor(a) principal: Eunice Maria das Dores Nicolau
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9D8FNH
Resumo: Nesta dissertação, foi analisado o problema da concordância entre o verbo e o SN sujeito de terceira pessoa do plural,no português coloquial de Belo Horizonte, utilizando-se um corpus constituído de 1.913 dados obtidos através de 32 horas de entrevistas individuais, gravadas. Foram observados falantes de quatro grupos sociais diferentes, de ambos os sexos e distribuídos em dois grupos etários distintos. Os dados foram submetidos a duas análises complementares uma qualitativa e outra quantitativa. De acordo com os resultados encontrados, a ausência de concordância mostra-se sensível a condicionamentos estruturais e não- -estruturais, pode ser caracterizada como uma variável estável e é, significativamente, mais freqüente nos verbos "regulares" (fala/falam, come/comem, faz/fazem etc.) do que nos verbos "não-regulares" (as formas de pretérito perfeito do indicativo e os verbos que apresentam terminação acentuada). A explicação para esse último resultado são as evidências de que a ausência de concordância, nos verbos "não-regulares", deve-se, exclusivamente, à não-aplicação da regra morfo-sintática variável de concordância verbal, enquanto, nos verbos "regulares", resulta da interação entre processos variáveis uma regra morfo-sintática sincrônica e alguns processos fonológicos diacrônicos.