“Cis"tema de educação e alunas travestis e transexuais: Representações Sociais de professores e professoras da rede pública de Belo Horizonte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Mariana Esteves da Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
FAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Programa de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão Social
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/40787
Resumo: As/os sujeitos(as) transexuais e travestis sofrem diferentes formas de violência, dentre as quais encontram-se a exclusão escolar, a dificuldade de acesso ao Ensino Superior e ao mercado de trabalho. Isso resulta na baixa escolaridade e na falta de qualificação profissional e o agravamento da estigmatização em razão da sua identidade de gênero. Esta pesquisa tem como objetivo analisar as Representações Sociais sobre a identidade de mulheres transexuais e travestis para professores e professoras cisgênero da Educação Básica de modo a compreender o que pensam, o que sentem e como se comportam quando possuem alunas travestis e transexuais e quais as repercussões disso para que os sujeitos Trans se mantenham na Educação Básica. Foram realizadas seis entrevistas narrativas com professores e professoras da Educação Básica da rede pública de Belo Horizonte que lecionam ou lecionaram para alunas transexuais e ou travestis. Os dados foram em divididos em duas partes, a primeira parte foi organizada em 03 categorias que permitiram a interpretação dos processos de formação das Representações Sociais, são elas: 1) A transexualidade e a travestilidade como “não familiar; 2) O corpo cisgênero como forma de ancoragem e objetivação da transexualidade e travestilidade e 3) Componentes identitários que atravessam as Representações Sociais. A segunda parte trata do Movimento das Representações Sociais, essa por sua fez está organizada em 3 posições que que demarcam o posicionamento dos entrevistados e como esse reverbera nas modificações e manutenção das práticas escolares .Pensar na pessoa Trans a partir da cisheteronormatividade imposta socialmente nos ajuda a entender a situação de invisibilidade, violência e vulnerabilidade da População transexual e travestis e a compreender o tema na perspectiva da falta acesso a direitos, como a educação e ao trabalho, além de pensar estratégias para contemplar estas identidades dentro de propostas de ensino-aprendizagem. A análise identificou a presença de normas cisgêneras para o processo de formação das Representações Sociais sobre a transexualidade e travestilidade e apontou que a maior parte dos professores e professoras não modificaram suas práticas relacionadas ao ensino de suas disciplinas em sala de aula.