Escrita de sí, infancia, fotografía y educación: formas de inscribirse en el mundo de docentes fotógrafos
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | spa |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil FAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO Programa de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão Social UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/40349 |
Resumo: | Como ensinar a desenhar com luz uma flor? De que forma é possível fazer da fotografia e a docência modos de se inscrever no mundo? Como pensar outros modos de relação entre arte educação infância a partir da fotografia e a docência? Quais são as problemáticas que docentes fotógrafos se colocam no presente? Estes são alguns dos questionamentos que compõem esta tese. Estas perguntas nasceram da atuação em projetos relacionados com a fotografia e infância em comunidades periféricas em espaços formativos no Brasil e na Colômbia assim como da atuação com docentes em formação de diferentes áreas, bem como com o diálogo e o encontro com outros docentes fotógrafos no trajeto da pesquisa No encontro destes caminhos surgiu em primeiro plano a escrita e a fotografia para compor as orientações que o percurso poderia ter. Como orientação metodológica se utilizou a escrita de si baseada nos estudos de Michel Foucault onde em um tom autobiográfico e mantendo um constante movimento meditativo de treinamento entre leitura e escritura, experimentando o pensamento e com ajuda da fotografia como instigadora do pensamento, enquanto experiência, se orientou a pesquisa na investigação. Operamos com entrevistas a professores fotógrafos, diários de campo, material visual e as narrativas autobiográficas do pesquisador que como professor respondia aos mesmos questionamentos explorados com os professores participantes. O critério para escolher aos professores participantes foi ter tido experiência de ensino da fotografia com crianças na sua trajetória profissional. Nos interessou perguntar-nos quais eram as problemáticas que faziam do presente ao praticar o ensino da fotografia com crianças. Esse diagnóstico nos mostrou três problemáticas que foram; a busca de uma espiritualidade como trabalho ético; a prática da técnica fotográfica como um exercício ético e político, e uma terceira na qual nos centramos foi a presença e a relação da arte na educação e na infância. A partir desta temática identificada, nos perguntamos pelos modos que professores fotógrafos podem se inscrever no mundo nos quais encontramos: a infância como o território de invenção; a arte de fotografar como experiência de luz e de tempo; o acontecimento e a errância como possibilidades na educação. Nesta caminhada nos acompanharam autores como Carlos Skliar, Walter Kohan, Mia Couto, Manoel de Barros, Giorgio Agambem, Roland Barthes, Michael Foucault e Gilles Deleuze. Em companhia deles conseguimos ver entre outras coisas, a potência de pensar a infância como um território de invenção, de ver o acontecimento como possibilidade na educação, de ver a fotografia como experiência de pensamento e das diferentes experiências temporais como Aion, Cronos, Kairós. A partir dos modos identificados, pensamos em possibilidades de uma educação e docência menos automática e mais pensada em um modo manual e artesanal, inspirados no ato de fotografar e baseadas no cuidado de si e dos outros, observar, saber aguardar, do mesmo jeito que se tem quando se faz, ou se ensina fotografia. Com isto propomos pensar a educação e a docência desde os territórios da infância e a invenção, onde se possam experimentar outras noções de tempo, outros ajustes de luz, acontecimentos inesperados no caminho e, portanto outras formas de se inscrever no mundo. |