Formação de biofilme em aço inoxidável por Aeromonas hydrophila e Staphylococcus aureus sob diferentes condições de cultivo
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS
DCA - Programa de Pós-graduação UFLA BRASIL |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/2802 |
Resumo: | A formação de biofilmes microbianos em superfícies empregadas na produção de alimentos, como o aço inoxidável, vem recebendo destaque em diversas pesquisas em função dos malefícios de sua ocorrência. Estas comunidades, uma vez constituídas, agem como ponto de contaminação constante, além de outros prejuízos, como corrosão. Neste contexto, Staphylococcus aureus e Aeromonas hydrophila se destacam por seu potencial capacidade de aderir e formar biofilmes. A relevância destas espécies microbianas diz respeito à questões de saúde pública e deterioração. Com base no exposto, a presente pesquisa foi realizada com o objetivo de avaliar a capacidade de formação de biofilme de S. aureus e A. hydrophila sob diferentes condições de cultivo, utilizando-se o aço inoxidável AISI 304 como substrato, o leite desnatado como fase aquosa e três temperaturas: 4º, 7º e 18ºC. Para o ensaio em monocultivo, foram inoculados, em um litro de leite, aproximadamente, 108 UFC/mL de BHI de cada microrganismo, em sistemas separados, propiciando, após a diluição em 1000 mL de leite, valor de 105 UFC/mL. A inoculação ocorreu no tempo inicial. Cada recipiente, contendo 1L de leite, o inóculo, 1 barra magnética estéril e 10 cupons de aço inoxidável AISI (10x20 mm), suspensos, com auxílio de uma estrutura metálica, foram armazenados, sob agitação de 60 rpm, por um período de 10 dias, a 4,7º e 18ºC. A cada 48 horas, 2 cupons foram coletados e recipientes, barras metálicas e leite desnatado substituídos por outros esterilizados. A enumeração das células sésseis de S. aureus e A. hydrophila foi conduzida por meio do plaqueamento seletivo em ágar Baird-Parker e m-Aeromonas selective Haavelar adicionado de ampilicina, respectivamente. O ensaio em cultivo combinado de S. aureus com A. hydrophila utilizou o mesmo sistema descrito, com a diferença de que ambos foram inoculados em um mesmo béquer, cada um à densidade populacional de 105 UFC/mL. Estudos complementares sobre o tempo de geração, a enumeração de células planctônicas e a observação dos cupons por meio da microscopia eletrônica de varredura foram conduzidos. O experimento foi instalado segundo um delineamento inteiramente. casualizado, com duas repetições, sendo os tratamentos arranjados em um esquema de parcela subdividida no tempo. Os dados foram analisados pelo programa estatístico SAS. Em monocultivo, S. aureus formou biofilme a 18ºC, já nos primeiros dois dias e, a 7ºC, a partir de 4 dias. Para 4ºC, foi observado um processo de adesão. A presença de A. hydrophila reduziu o desempenho de S. aureus. Nesta condição de cultivo multiespécie houve formação de biofilme a 18ºC, no qual houve, aproximadamente, dois ciclos logarítmicos menos células sésseis que na condição monocultivo. A. hydrophila formou biofilme em todas as temperaturas e tanto em monocultivo, quanto em presença de S. aureus. A presença de S. aureus reduziu a quantidade de células sésseis de A. hydrophila em, pelo menos, dois ciclos logarítmicos, a partir do tempo 6 dias, em comparação ao monocultivo. |