Uso de cloreto de benzalcônio na pré-colheita e suas interações com a colheita e pós-colheita na qualidade do café

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Fernandes, Marcio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS
DCA - Programa de Pós-graduação
UFLA
BRASIL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/3175
Resumo: O presente trabalho foi realizado com o objetivo geral de estudar a qualidade sanitária, físico-química e sensorial em cafés (Coffea arabica L.). O delineamento experimental foi arranjado em um esquema fatorial triplo de 4x4x2, sendo 4 tipos de colheitas, (colheita A, colheita B, colheita C e colheita D, caracterizadas por colheita da parte superior da planta, da planta inteira com 25% de verde, parte inferior da planta e planta inteira colhida em meados de junho; 4 tipos de processamentos (cereja descascado, cereja + verde, roça e Boia) e 2 níveis de aplicação, com presença e ausência de cloreto de benzalcônio, totalizando 32 tratamentos em 3 repetições. A análise química sobre a qualidade apresentou maior contribuição da componente principal 1, com maior percentual em açúcares redutores, açúcares não redutores, condutividade elétrica e sólidos solúveis, respectivamente e, na componente principal 2, a maior contribuição foi pela acidez titulável, ambas em cafés sem defeito. A análise da qualidade do café em relação ao fungo Fusarium sp. apresentou menor índice de ocorrência pelo tipo de colheita A e processamento cereja descascado e maior índice de ocorrência na colheita B nas amostras de cafés cereja + verde, com presença de cloreto de benzalcônio. Na ausência de cloreto de benzalcônio, o menor e o maior índice de ocorrência originaram-se do mesmo tipo de processamento, cereja descascado para os tipos de colheitas D e C, respectivamente. Na análise sensorial, o grupo A apresentou maior grau de similaridade, destacando-se uma amostragem de bebidas de melhor qualidade em relação às demais pelo tipo de processamento cereja descascado. Concluiu-se que os fungos do gênero Fusarium sp. apresentaram elevados índices de ocorrência, influenciando negativamente na qualidade da bebida e a presença de cloreto de benzalcônio não interferiu significativamente no índice de ocorrência de fungos e melhoria da qualidade do café. O processamento cereja descascado elimina microrganismos e é o método que mais contribui para a melhoria da qualidade da bebida nas condições da instalação deste experimento.