Distribuição vertical de carbono orgânico em Latossolo sob diferentes usos
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS
DCS - Programa de Pós-graduação UFLA BRASIL |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/3775 |
Resumo: | Os ecossistemas terrestres desempenham um importante papel no ciclo global de carbono, sendo o solo um de seus principais reservatórios. Dessa maneira, o conhecimento sobre a matéria orgânica do solo (MOS) e suas frações, bem como seu padrão de distribuição no perfil do solo, em diferentes sistemas de uso da terra, contribuem para melhorar a avaliação de sua dinâmica e para a maior precisão no inventário do carbono orgânico (CO) armazenado no subsolo, auxiliando, assim, na tomada de decisão quanto ao melhor uso e manejo do solo. Este estudo teve como objetivo quantificar os teores e estoques de carbono e suas frações e de nitrogênio total (NT) armazenados no perfil de um Latossolo Vermelho distroférrico típico, até 1 m de profundidade, em áreas sob diferentes sistemas de uso do solo, em Lavras-MG. Em uma faixa homogênea de solo, foram selecionadas quatro subáreas de acordo com o sistema de uso do solo, as quais foram classificadas como: mata nativa (MTN), eucalipto (EUC), pinus (PIN) e pastagem (PAS). Foram retiradas amostras nas profundidades de solo de 0-10, 10-20, 20-40, 40-60, 60-80, 80-100 cm, para avaliação dos teores e estoques de CO e NT, e dos teores de carbono lábil (CL) e carbono solúvel água (CSA). Foram correlacionados os teores de CO, CSA, CL, fração leve (FL) e de C-biomassa microbiana (BM). Os impactos do sistema de uso do solo sobre os estoques de carbono (CO) e de nitrogênio total (NT) variaram de acordo com cada profundidade de solo avaliada. Para a maioria das camadas de solo analisadas, o maior estoque de CO foi observado na área de mata, o que demonstra que, sob sistema natural, o conteúdo de CO é superior aos verificados nos sistemas cultivados. Além disso, comprovou-se que, apesar da redução dos teores de CO nas camadas mais profundas do solo, as quantidades armazenadas de C no subsolo são significativas, uma vez que, considerando todos os sistemas de uso avaliados nesse estudo, o CO armazenado de 40-100 cm representa de 37 a 53% do CO do perfil. Verificou-se que o sistema de uso do solo exerceu influência sobre o compartimento lábil do carbono orgânico, tanto em camadas superficiais como no subsolo. Os teores de CL são, em geral, maiores na área de mata, em todas as camadas de solo estudadas, com exceção da camada 10-20 cm, onde há mais frações lábeis de carbono na área sob cultivo de eucalipto. Os teores de carbono lábil são maiores em superfície, diminuindo com o aumento da profundidade no perfil do Latossolo. Verifica-se também que o CL é mais sensível às alterações provocadas pelo uso do solo do que o CO, apresentando, assim, maior potencial que esse, e que o carbono não lábil, em avaliar o impacto de diferentes sistemas de uso da terra sobre a transformações associadas à MOS. Os índices de manejo de carbono, de modo geral, apontaram impacto negativo da conversão da MTN sobre os teores de matéria orgânica e, por conseguinte, sobre a qualidade do solo. Os teores de carbono solúvel em água foram influenciados pelos sistemas de uso do solo, obedecendo a seguinte ordem, para a camada superficial (0-10 cm): MTN > PAS > EUC > PIN. Os sistemas de uso alteraram os teores de CSA significativamente nas camadas estudadas, até 40 cm de profundidade, entretanto, para as camadas a partir dessa profundidade, não houve diferenças entre as áreas avaliadas. Os resultados desse estudo comprovaram que ocorre um decréscimo nos teores de CSA à medida que se aumenta a profundidade do solo. Pode-se também verificar que existe uma correlação positiva entre o CSA e o CO, CL, BM e FL, suportando a hipótese de que o CSA está relacionado com os teores de CO e, além disso, é componente e subproduto das reações no solo ligadas à decomposição de frações lábeis de carbono. |