Composição lipídica de carne bovina de rebanhos comerciais em diferentes sistemas de terminação e grupos genéticos
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS
DCA - Programa de Pós-graduação UFLA BRASIL |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/3135 |
Resumo: | Amostras de carne bovina oriundas de nove grupos genéticos foram obtidas de animais terminados a pasto (SP) (Aberdeen Angus n=20, Guzerá x Holandês n=27, Montana n=17 e Nelore n=26), alimentados com Brachiaria brizantha cv. Marandu, Brachiaria Decumbens, Brachiaria Humidicula e Panicum Maximum Jacq, ou em confinamento (SC) (Gir n=29, Simental n=32, Holandës n=23, Tabapuã n=30 e Pardo Suíço x Nelore n=29) com 50% de volumoso (cana-de-açúcar picada) e 50% de concentrado (milho grão, farelo de soja, uréia), por 90 dias. O delineamento foi inteiramente casualizado, em fatorial hierárquico, com 2 sistemas de terminação e 9 grupos genéticos avaliados dentro dos sistemas de terminação. Cada animal representou uma unidade experimental. Nas amostras do músculo longissimus dorsi foram analisados: lipídeos totais (LT), colesterol e ácidos graxos (AG). As médias de LT e colesterol de animais SC foram superiores (P<0,01) às médias dos animais SP. O sistema de terminação afetou 36 dos 38 AG determinados. As porcentagens dos AG C15:0, C17:0, C17:1, C18:2n-6, C18:2cis9trans11, C18:3n-3, C20:4n-6, C20:5n-3 e C22:6n-3, foram superiores (P<0,01) nos animais SP. Entretanto, os animais SC mostraram proporções elevadas (P<0,01) de C14:0, C14:1, C16:0, C16:1, C18:0 e C18:1trans. Animais SP apresentaram mais ácidos graxos poliinsaturados (AGP) (P<0,01) e menos ácidos graxos saturados (AGS) (P<0,01), quando comparados a animais SC. Os ácidos graxos monoinsaturados (AGM) foram semelhantes nos dois sistemas. Os AG das séries n-6 e n-3 foram superiores (P<0,01) em animais SP, com menor relação n-6/n-3 (1,71), do que em SC (5,85). Carnes de animais SP mostraram maiores índices matemáticos de ∆9 dessaturase 18 e de elongase e animais SC apresentaram índices mais elevados de ∆9 dessaturase 16 e aterogenicidade. As raças dentro do SP não afetaram os LT, porém, animais Angus e Guz x Hol apresentaram maiores teores de colesterol. No SC, animais Tabapuã e Gir mostraram mais gordura e mais colesterol. As raças influenciaram os AGS. Animais Nelore e Guzerá x Holandês, no SP, aparecem com as menores médias e, no SC, Tabapuã e Gir aparecem com as médias mais elevadas. Para AGP, no SP, médias mais elevadas foram encontradas em Montana (10,17%) e Nelore (9,72%), entretanto, a relação n-6/n-3 não apresentou diferença significativa. No SC, a influência das raças nos AGP foi baixa, afetando poucos AG. Os maiores percentuais de AGP foram observados nos animais Pardo Suíço x Nelore (6,08%), tendo a relação n-6/n-3 variado de 4,53 (Holandês) a 8,76 (Pardo Suíço x Nelore). Esses resultados permitem concluir que animais terminados em pastagens apresentam melhor qualidade, com vistas ao perfil de AG e à saúde humana e que os grupos genéticos mostram comportamentos diferenciados nas características lipídicas de acordo com o tipo de dieta. O músculo LD dos animais Nelore (Bos indicus) a pasto e dos animais Simental e Holandês (Bos taurus) confinados foi superior, nutricionalmente. |