Bioacessibilidade de arsênio em área de mineração de ouro, Paracatu (MG)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Ono, Fábio Benedito
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS
DCS - Programa de Pós-graduação
UFLA
BRASIL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/2410
Resumo: Áreas de mineração de ouro são importantes do ponto de vista do desenvolvimento econômico, porém os solos destas áreas são drasticamente alterados por atividades antrópicas. Além disso, o material de rocha que contém o ouro, geralmente está associado à presença do arsênio (As), um elemento tóxico e carcinogênico. Tal elemento, quando exposto à camada superficial do solo, sofre alterações na sua forma química e ou é transferido para outros meios (e.g., água, ar), podendo entrar na cadeia trófica. Crianças, em contato frequente com solos contaminados por As, têm como principal rota de exposição ao elemento, a ingestão involuntária desses solos. Considerando a importância dessa via de exposição, testes de bioacessibilidade de As são utilizados no intuito de estimar a contribuição desta rota em uma avaliação de risco à saúde humana. Tais estudos podem indicar se há ou não risco de contaminação dos habitantes destas áreas, norteando políticas públicas que busquem melhorias na qualidade de vida local. O presente estudo foi realizado com os objetivos de: (i) replicar e validar o protocolo de bioacessibilidade In vitro gastrintestinal para avaliar a bioacessibilidade de As em amostras estratificadas (0-2 e 2-10 cm) de uma área de mineração de ouro em Paracatu (MG); (ii) comparar os teores de As bioacessível com o extraído por Mehlich-1; e, (iii) avaliar a exposição humana aos materiais contaminados com As, considerando um cenário hipotético de máximo risco (ingestão de solo por crianças). Nas dependências da mina aurífera, as áreas amostradas foram: RPPN, B1, Exp. B1, B2, estéril e rejeito. Os teores de As bioacessível (gástrico e gastrintestinal) encontrados no material de referência (NIST 2710) se aproximaram dos valores reportados em outros estudos, validando a reprodução e a aplicação do protocolo. Os menores teores de As total, extraído por Mehlich-1 e bioacessível foram encontrados para a área RPPN. Todas as amostras da área de mineração apresentaram baixos percentuais de As bioacessível. O cálculo da dose de exposição, para o cenário hipotético de risco, indicou que, com exceção do rejeito, os materiais das áreas contribuem, no máximo, pela rota de exposição em questão (ingestão de solo), com 9,5% da entrada de As máxima permitida por dia (0,3 g kg-1 BW dia-1). Correlação entre os teores de As extraído por Mehlich-1 e o bioacessível foi verificada para a fase gástrica, nas duas profundidades de coleta, e gastrintestinal para a profundidade de 2 a 10 cm.