Potencial de aplicação do biossurfactante produzido pela levedura Scheffersomyces shehatae em cosméticos
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas
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Departamento: |
Faculdade de Farmácia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2023/00139 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16606 |
Resumo: | A maioria dos produtos cosméticos destinados à limpeza da pele apresentam os surfactantes como importante componente de sua formulação, principalmente como emulsificantes e agentes espumantes. Porém, o uso de surfactantes sintéticos pode causar problemas de toxicidade aos usuários, além de danos ambientais associados à sua produção e descarte. Os biossurfactantes são surfactantes de origem natural e comparados aos surfactantes sintéticos são mais biodegradáveis e apresentam baixa ou nenhuma toxicidade. Assim, tendo em vista a necessidade da indústria cosmética em desenvolver produtos com princípios ativos naturais e renováveis para substituir ou reduzir o uso de surfactantes sintéticos, este trabalho teve como objetivo investigar a adequação de um biossurfactante produzido pela levedura Scheffersomyces shehatae para ser utilizado em formulações cosméticas. A avaliação da citotoxicidade do biossurfactante foi realizada através do teste MTT em linhagens celulares de fibroblastos murinos L929 e queratinócitos humanos HaCaT. O potencial de irritação ocular foi avaliado pelo teste da membrana corioalantóica do ovo de galinha (HET-CAM). A avaliação da eficiência de limpeza do biossurfactante foi medida como a capacidade de remoção de maquiagem em peles de orelhas de porco em comparação com água, solução SDS a 1% e uma formulação comercial de água micelar. Os resultados mostraram que a concentração que afeta a viabilidade de 50% das células testadas (IC50) foi de 10,49 mg/mL para L929 e 11,77 mg/mL para linhagem HaCaT, valores superiores a outros valores descritos na literatura para biossurfactantes testados em culturas de células da pele. A exposição da membrana corioalantóica ao biossurfactante produzido por S. shehatae (60 mg/mL) não resultou em hemorragia, lise e danos de coagulação, o que classifica a solução de biossurfactante como não irritante. Por fim, a eficácia do biossurfactante em atuar como removedor de maquiagem foi comparável à atividade de limpeza da solução SDS a 1%, surfactante amplamente utilizado em formulações de limpeza de pele e cabelos pela indústria cosmética. Concluindo, os resultados indicam seu potencial uso em aplicações cosméticas. |