Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Santiago, Luana Dutra
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Orientador(a): |
Lourenço, Lelio Moura
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Banca de defesa: |
Senra, Luciana Xavier
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Pereira, Maria Beatriz de Oliveira
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Psicologia
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16361
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Resumo: |
O bullying é considerado um tipo de violência específica do contexto educacional, caracterizado por ações intencionais e repetitivas, realizadas por um ou mais indivíduos contra outro(s), em situações em que há desequilíbrio de poder. Tendo em vista os diversos problemas que pode acarretar nos envolvidos e seu entorno, a gestão do bullying torna-se importante. Diante disso, a Justiça Restaurativa (JR) apresenta-se como uma metodologia que objetiva envolver todas as partes de um conflito, com a finalidade de identificar os problemas e facilitar suas resoluções, procurando instaurar um ambiente de paz e seguridade. Para verificar a viabilidade de implementação dessa metodologia nas escolas, o estudo sobre as crenças dos gestores escolares é importante. Sendo assim, como objetivo, buscou-se estudar as crenças dos gestores escolares sobre a viabilidade da Justiça Restaurativa como possível instrumento de resolução de conflitos provenientes de bullying. Foram realizadas entrevistas individuais, remotas e presenciais, semiestruturadas, com 28 gestores escolares de todas as nove regiões de Belo Horizonte (Noroeste, Nordeste, Oeste, Pampulha, Barreiro, Leste, Norte, Venda Nova e Centro Sul). Como resultados, os 28 gestores já haviam tido contato com a temática da justiça restaurativa por meio da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH) e/ou pela Secretaria Municipal de Educação (SMED-BH), e acreditam que trata-se de uma intervenção sem judicialização e uma maneira de desconstrução do punitivismo. A maioria acredita que o bullying gera muitas consequências para os envolvidos e seu entorno e que a JR é uma maneira de resolução de conflitos através do diálogo, da restauração das relações, da busca por soluções de maneira coletiva, que pode ser viável para auxiliar tanto nos conflitos de bullying quanto em outros conflitos que ocorrem no ambiente escolar. Apesar do reconhecimento do bullying como uma problemática, nenhuma escola conta com projetos exclusivamente voltados à resolução do bullying e os gestores vêm algumas dificuldades para implementação da JR: escolas muito cheias, falta de espaço físico, falta de tempo, falta de interesse dos profissionais, falta de apoio das famílias e visões tradicionais que geram barreiras para mudanças. Apenas um gestor entrevistado não acredita na JR e diz que esta é uma maneira de obrigar os pedidos de desculpas e gerar constrangimentos. No geral, os resultados encontrados corroboram com a hipótese de que os gestores acreditam na viabilidade da JR como um instrumento de resolução de conflitos proveniente de bullying, mas que, ao mesmo tempo, as crenças dos gestores divergem de suas experiências práticas. Sugere-se maior enfoque e investimento nesse assunto por parte dos setores educacionais, para que estratégias assertivas de intervenções sejam, de fato, implementadas nas escolas. |