Avaliação qualitativa e quantitativa de reabsorções cervicais invasivas: estudo em tomografia computadorizada de feixe cônico
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências aplicadas à Saúde - PPgCAS
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Departamento: |
ICV - Instituto de Ciências da Vida
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2023/00042 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16161 |
Resumo: | O objetivo deste estudo foi avaliar quanti e qualitativamente lesões de reabsorção cervical invasiva (RCI) e analisar seus padrões de densidade para determinar sua fase predominante (ativa ou reparativa), através de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Foram avaliados exames de 70 participantes obtidos do acervo pertencente à disciplina de Radiologia Odontológica, do Departamento de Odontologia da Universidade Federal de Juiz de Fora, Campus Governador Valadares –UFJF/GV. Para cada exame, foram selecionados casos de RCI e a coleta dos dados incluiu informações quanto a: dados demográficos como sexo e idade do paciente, dente acometido, presença de tratamento endodôntico, avaliação da qualidade do tratamento endodôntico e alterações periapicais associadas. A classificação tridimensional das lesões foi feita de acordo com a proposição de Patel e colaboradores (2018), que considera a extensão coronoapical da lesão, extensão circunferencial e proximidade com o canal radicular. Foram identificados a face e o terço radicular em que a porta de entrada se encontrava, bem como a mensuração de seu maior diâmetro e identificação de sua localização periodontal (intraóssea, ao nível da crista óssea e supra óssea). Para confirmar essa localização, uma medida da distância entre a junção cemento-esmalte e a parte mais cervical da RCI, e da distância entre a junção cemento-esmalte e a crista óssea foi aplicada. Finalmente, para avaliar o padrão de densidade nas imagens, através dos tons de cinza, 3 áreas de interesse foram selecionadas (lesão, dentina sadia e luz do canal radicular) a fim de coletar dados quanto a média e desvio padrão de cada região. Todas as imagens foram avaliadas por dois Endodontistas no programa OnDemand3D por meio de reconstruções multiplanares. As análises estatísticas foram conduzidas no software JAMOVI versão 2.3.17, adotando-se o nível de significância de 95% (p < 0,05). Os dentes mais acometidos pela RCI foram os incisivos centrais superiores. Não foi possível determinar diferença significativa na distribuição das lesões quanto ao sexo. A classificação 3D (Patel et al., 2018a) mais obtida foi de 3 (extensão coronoapical até o terço médio), D (extensão circunferencial >207º) e p (provável envolvimento pulpar). A porta de entrada foi encontrada mais frequentemente na face lingual/palatina, terço cervical e com localização periodontal supra óssea. O padrão de densidade com reparo foi maior para dentes anteriores. Quando as lesões estavam confinadas em dentina, as imagens apresentavam caráter mais hipodenso e quando havia envolvimento pulpar, característica hiperdensa, indicando fase reabsortiva e reparativa, respectivamente. Este estudo proporcionou uma análise abrangente da RCI, associando características e tomográficas. Os achados podem contribuir para uma melhor compreensão da RCI e auxiliar no planejamento terapêutico dos pacientes afetados. |