Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Silva, Geraldo Pereira da
 |
Orientador(a): |
Magrone, Eduardo
 |
Banca de defesa: |
Miranda, Sônia Regina
,
Burgos, Marcelo Tadeu B.
 |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Educação
|
Departamento: |
Faculdade de Educação
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6061
|
Resumo: |
O elevado índice de reprovação existente nas escolas públicas brasileiras, onde estudam os filhos da classe trabalhadora, é o reflexo da desigualdade social presente em nossa sociedade. O propósito deste trabalho foi procurar demonstrar que a educação brasileira possui pressupostos, forjados por uma sociedade excludente, que impõe um modelo escolar meritocrático inatingível à população mais pobre. O estudo de caso, descrito neste trabalho, procurou analisar como o Centro Educacional Herval da Cruz Braz (CERHCB) rompeu com esse modelo de escola excludente ao reunir, através de uma gestão comprometida com uma educação popular, uma coletividade de educadores que carregava, em sua história, a defesa de um modelo de educação pública que buscava um novo formato que atendesse as classes populares. Essa escola pública, do município de Juiz de Fora (MG), atendeu, inicialmente, apenas alunos com histórico escolar de retenção no sexto ano do Ensino Fundamental, com defasagem idade/ano de pelo menos três anos, que manifestavam resistência ao sistema tradicional de ensino, através do abandono escolar, da reprovação e de comportamentos considerados pela escola tradicional como indisciplina. O CERHCB, ao valorizar a identidade de seu público atendido e implementar ações compensatórias às suas defasagens, aumentou o interesse do aluno pelo processo de aprendizagem, contribuiu para sua permanência na escola, garantindo sua promoção para o Ensino Médio. Além da equipe comprometida, a administração municipal, no início, entendia o projeto como uma alternativa para uma educação menos excludente e, portanto, permitia uma considerável autonomia à gestão. Porém, quando houve a mudança na administração municipal, iniciou-se um conjunto de procedimentos que procurava, segundo a própria secretaria de educação, “enquadrar” a escola e dar um “tratamento equânime” ao restante da rede. Assim, prevaleceu o discurso burocrático e a escola passou a ter suas ações limitadas pela nova administração. A má-fé institucional, fruto de uma sociedade conservadora, atingiu o CERHCB, compactuando com o funcionamento precário do sistema de ensino destinado às populações mais pobres que não reúnem as mesmas condições da classe média para o bom desempenho escolar. |