Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Santos, Mirian Cristina dos
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Orientador(a): |
Almeida, Márcia de
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Banca de defesa: |
Gonçalves, Ana Beatriz Rodrigues
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Pereira, Maria Luiza Scher
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Salgueiro, Maria Aparecida Ferreira de Andrade
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Resende, Maria Angela de Araújo
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
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Departamento: |
Faculdade de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6717
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Resumo: |
O presente trabalho propõe discutir o papel da mulher negra enquanto intelectual engajada na luta pela transformação da sociedade brasileira, a partir de narrativas negrofemininas contemporâneas. Nessa investigação, ao longo da pesquisa, analiso as obras Mulher Mat(r)iz (2011) e Bará na trilha do vento (2015), de Miriam Alves; Becos da Memória (2006) e Olhos d’água (2014), de Conceição Evaristo; e Espelhos, Miradouros, Dialéticas da Percepção (2011) e O Tapete Voador (2016), de Cristiane Sobral. Para isso, o referencial teórico desta pesquisa compreende teorias sobre “o papel do intelectual” (SAID, 2005) e, mais especificamente, sobre a intelectual negra (hooks, 1995), bem como questões relativas às peculiaridades da literatura negrofeminina (FIGUEIREDO, 2009), às “políticas do cotidiano” (hooks, 1995), ao feminismo negro (CARNEIRO, 2003), entre outras, considerando também a fortuna crítica quanto às escritoras negro-brasileiras, em geral, e às escritoras supracitadas, em particular. Em seus livros, Miriam Alves, Conceição Evaristo e Cristiane Sobral abordam as principais demandas da mulher negra na contemporaneidade, dão visibilidade às culturas africanas e afro-brasileiras, denunciam a condição marginalizada e subalternizada do negro e fazem dessa literatura escrita por mulheres local de força, resistência, afirmação e denúncia. Sendo assim, mais do que analisar as peculiaridades da escrita feminina negra, esta pesquisa empreende uma discussão sobre o papel da escritora negra enquanto intelectual contemporânea. Intelectual que vem à esfera pública construir um espaço de intervenção na realidade social e, ainda mais, atuando para transformar as relações sociais e culturais assimétricas e iníquas que têm perpetuado divisões de gênero e étnico-raciais ao longo da história do Brasil. |