Argumentação no ensino de ciências: o uso de analogias como recurso para a construção do conhecimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Oliveira, Helena Rivelli de lattes
Orientador(a): Lemgruber, Márcio Silveira lattes
Banca de defesa: Oliveira, Renato Jose de lattes, Freitas, Maria Teresa de Assunção lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1970
Resumo: Esta pesquisa buscou compreender como analogias e metáforas são utilizadas pelo professor como instrumento para favorecer a aprendizagem dos conceitos científicos. Para esse fim, a prática de ensino dos professores tornou-se nosso objeto de exame. Sob orientação teórica da Teoria da Argumentação de Chaïm Perelman, refletimos sobre como aspectos da cultura científica foram determinantes para a assepsia linguística vivenciada hoje na ciência, se tornando também responsável pela distância entre os discursos da sala de aula. A argumentação oferece um contraponto à demonstração asséptica e a analogia surge como um recurso argumentativo capaz de diminuir esse afastamento, uma vez que se apoia em conhecimentos prévios para que novos conceitos sejam apreendidos. Os fatos foram alcançados através da entrevista dialógica e da observação mediada, instrumentos elaborados à luz da pesquisa qualitativa com enfoque histórico-cultural. Nossa análise nos permite afirmar que os professores não têm conhecimento aprofundado sobre o tema, ignorando a existência de fases que regem o uso da aproximação analógica como instrumento de ensino. Nas analogias propostas, o mapeamento de semelhanças e diferenças foi subutilizado, desprezando a ideia de que o consenso é a chave para a criação da relação entre foro e tema. Desconsiderada a complexidade dessa ferramenta argumentativa, a superação da analogia e consequente abstração dos conceitos científicos passam a constituir tarefa exclusiva dos alunos e, por isso, incerta. A escassez de situações em que a analogia realmente constituiu recurso fértil para a aprendizagem provém do próprio modo como o professor se relaciona com seu discurso, o discurso dos alunos e os recursos de ensino, refletindo sua concepção de ciência e educação em Ciências.