Cidades de portas fechadas: a intolerância contra os ciganos na organização urbana na Primeira República

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Borges, Isabel Cristina Medeiros Mattos lattes
Orientador(a): Viscardi, Cláudia Maria Ribeiro lattes
Banca de defesa: Santos, Marco Antonio Cabral dos lattes, Lino, Sonia Cristina da Fonseca Machado lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em História
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2944
Resumo: O presente estudo parte de uma retrospectiva histórica sobre os principais e diferentes momentos que caracterizaram a trajetória dos ciganos no Brasil, marcada predominantemente por intolerância e perseguições. Fazemos um recorte mais específico sobre as questões envolvendo esses grupos no contexto da cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais, nas últimas décadas do século XIX e início do XX, levando em conta as tensões e conflitos próprios ao panorama de transição para o capitalismo no Brasil. Este período foi marcado pela tentativa de assimilação dos valores “modernos” inspirados pela realidade européia, o que se expressava através da implantação de uma nova disciplina do trabalho, assim como de políticas públicas voltadas para a higienização e organização dos centros urbanos. Os ciganos eram considerados um obstáculo à implementação desse projeto modernizante, gerando reações tanto por parte das autoridades quanto da população, fator que contribuiu tanto para agravar o processo de isolamento destes ao longo das décadas, como para a concretização de uma perceptível invisibilidade política, econômica, social e cultural dos ciganos no Brasil.