Fragilidade, quedas e autoeficácia em idosos brasileiros: dados da Rede Fibra

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Vieira, Renata Alvarenga lattes
Orientador(a): Dias, Rosângela Corrêa lattes
Banca de defesa: Perracini, Monica Rodrigues lattes, Giacomin, Karla Cristina lattes, Pereira, Leani Souza Máximo lattes, Lustosa, Lygia Paccini lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Programa de Pós-Graduação: -
Departamento: -
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/7299
Resumo: A fragilidade é uma síndrome biológica frequentemente associada a um risco aumentado de quedas. As quedas desencadeiam condições psicológicas, vinculadas ao componente cognitivo do medo de cair, comumente mensurado por meio do senso de autoeficácia. A redução da autoeficácia para evitar quedas associa-se a restrição de atividades e declínio funcional. Assim, o medo de cair mediado pela restrição de atividades desencadeia uma relação cíclica negativa em direção à fragilidade em idosos. Portanto, o objetivo deste estudo foi identificar a prevalência de fragilidade e os fatores associados em idosos no município de Belo Horizonte; determinar a prevalência nacional de quedas e fatores associados em idosos com e sem condições de fragilidade e estabelecer o ponto de corte no escore de autoeficácia para evitar quedas que melhor diferencie idosos caidores de não caidores e os fatores associados a este ponto de corte em indivíduos com ou sem condições de fragilidade. Estudo de base populacional, que avaliou 8608 idosos comunitários brasileiros com idade ≥ 65 anos. O fenótipo de fragilidade, quedas, autoeficácia relacionada às quedas, aspectos clínicos, funcionais, sócio demográficos, econômicos e a utilização de serviços de saúde foram avaliados. Nas análises multivariadas ajustaram-se modelos de regressão ordinais e de Poisson. Para análise de sensibilidade e especificidade empregou-se a curva ROC. Foram utilizados Intervalos de Confiança de 95% (IC 95%) e α=0,05. Os resultados foram apresentados em três estudos. No primeiro, foi identificada na cidade de Belo Horizonte a prevalência de pré-fragilidade de 46,3% e de fragilidade de 8,7%. Os idosos pré-frágeis e frágeis apresentaram respectivamente maiores e crescentes razão de chances para dependência em atividades instrumentais de vida diária (AIVD); restrição em atividades avançadas de vida diária; utilização de dispositivos auxiliares da marcha; comorbidades; quedas; sintomas depressivos; menor auto eficacia para quedas; hospitalização e idade avançada. No segundo estudo foi observado 11,3% de idosos frágeis, 51,6% de pré-frágeis e 36,9% de não frágeis. A prevalência nacional de quedas e quedas recorrentes em idosos foi de 27,9% e 14,1% e nos idosos frágeis foi de 41,7% e 26,3%. Nos idosos frágeis os fatores associados a um maior número de quedas foram: incontinência fecal, déficit de memória, déficit auditivo, sintomas depressivos, maior número de consultas médicas, ausência de companheiro e não ser proprietário da residência. No terceiro estudo foi identificado o valor da autoeficácia que melhor diferenciou a amostra quanto à ocorrência de quedas igual a ≥23 pontos na FES-I. Foram associados simultaneamente aos idosos com e sem condições de fragilidade dependência em AIVD; déficit de memória; avaliação negativa de saúde; baixa satisfação com a vida e sexo feminino. A presença de comorbidades foi a única condição simultaneamente associada a idosos pré-frágeis e não frágeis. Somente os idosos pré-frágeis apresentaram associação de ≥23 pontos com condições socioeconômicas e número de consultas médicas. Nos idosos não frágeis o ponto de corte autoeficácia foi associado isoladamente a sintomas depressivos e consultas domiciliares. Os resultados identificaram elevados percentuais de fragilidade associados a condições adversas de saúde, assim como elevada prevalência de quedas em idosos frágeis