A rede de construções quantificadoras mórficas sufixais: uma contribuição da gramática das construções à morfologia derivacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Costa, Igor de Oliveira lattes
Orientador(a): Miranda, Neusa Salim lattes
Banca de defesa: Cavalcante, Sandra Maria Silva lattes, Pinheiro, Diogo Oliveira Ramires lattes, Vieira, Amitza Torres lattes, El-Jaick, Ana Paula Grillo lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Linguística
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1291
Resumo: Este trabalho, de viés sociocognitivista e construcionista, tem como objeto analítico um nódulo da rede de Construções Quantificadoras Mórficas Sufixais, reconhecida como uma estratégia morfológica de evocação da noção de coletividade na Língua Portuguesa, como ilustram os exemplos seguir: (i) {XN-ADA} (“Com AXE vou pegar a mulherada.”); (ii) {XN-ARADA} (“No meio daquela brinquedarada toda tinha um brinquedo que, pelo menos o que eu acho hoje, era da família daqueles patinhos de borracha [...]”); (iii) {XN-AIADA} (“Após a cachaçaiada é sempre bom beber bastante liquido [...]”). Tal estudo de caso serve de estofo a um objeto teórico mais amplo, qual seja a proposição de um trato construcionista da morfologia derivacional (MIRANDA, 2013; RHODES, 1992). A Gramática das Construções Cognitiva (GOLDBERG, 1995, 2006; BOAS, 2013), entendida como um Modelo Baseado no Uso (BYBEE, 2010; CROFT E CRUSE, 2004), fornece o aparato teórico central a este estudo. Da premissa sociocognitivista que reivindica a centralidade da experiência na constituição da linguagem deriva outro fundamento crucial à sustentação das análises, qual seja a proposição de convergência entre o escopo teórico construcionista e a Semântica de Frames (FILLMORE, 1977, 2009[1982], 1985; PETRUCK, 1996; RUPENHOFER et al., 2010). Dado o relevo do uso no modelo teórico-analítico eleito, acolhe-se, em termos metodológicos, uma Linguística Cognitiva baseada em corpus (FILLMORE, 2008[1992]; MCENERY, XIAO E TONO, 2006), o que implica o uso de corpora eletrônicos e ferramentas computacionais na análise dos dados. As análises apontam, dentre outras coisas, para a consistência de um trato construcionista da morfologia derivacional, bem como para a riqueza linguística e cognitiva das construções estudadas. Os construtos, instituídos pelo esquema imagético COLEÇÃO (JOHNSON, 2005; CLAUSNER E CROFT, 1999), tem na evocação dos frames Quantidade e Desejabilidade a sua constituição semântica, apresentando-se como estratégias de quantificação e avaliação pertinentes a gêneros mais distensos da Língua Portuguesa.