Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Fonseca, Adenizia da Silva
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Orientador(a): |
Ferreira, Júlia Simone
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Banca de defesa: |
Nogueira, Nícea Helena de Almeida
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Campos, Laura Barbosa
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
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Departamento: |
Faculdade de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17706
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Resumo: |
Marguerite Duras (1914-1996) se destaca como uma figura fundamental na literatura e no cinema do século XX, com um impacto profundo na cultura francesa e internacional. Esta dissertação explora a complexa relação entre realidade e ficção na obra de Duras, focando, particularmente, em O amante (1984) e O amante da China do Norte (1991), ambas inseridas no denominado "ciclo indochinês". O objetivo é analisar como a autora recria e revisita sua própria trajetória através da fusão de elementos autobiográficos e fictícios. O estudo investiga de que maneira Duras utiliza suas experiências pessoais — como sua infância na Indochina, suas relações familiares conflituosas e sua iniciação sexual — para construir uma narrativa que atua, simultaneamente, como uma introspecção de sua vida e uma construção ficcional. A hipótese principal é que Duras, através da escrita, cria um entrelugar que serve como um mecanismo para reconfigurar e compreender suas vivências, transformando-as em ficção. A análise comparativa das duas obras visa revelar o jogo entre o real e o imaginário, além de esclarecer a intenção por trás dessa estratégia literária. Adotando uma abordagem qualitativa interpretativista, a dissertação utiliza uma diversidade de fontes teóricas, incluindo estudos acadêmicos internacionais e brasileiros sobre a obra de Duras, bem como entrevistas e análises críticas. O primeiro capítulo explora as transgressões de gênero e os pactos de leitura, discutindo como a escrita de Duras se posiciona nos gêneros de autobiografia, romance autobiográfico e autoficção. O segundo capítulo examina a biografia da autora e sua conexão com sua produção literária, destacando a relevância de sua obra no campo acadêmico. O capítulo final oferece uma análise detalhada das obras selecionadas, investigando a interseção entre o real e o imaginário e a ousadia na utilização da linguagem. Conclui-se que a escrita de Duras é uma ferramenta crucial para explorar e compreender suas experiências de vida, permitindo-lhe encontrar significado em sua história através da ficção. Como suporte teórico, serão utilizados os textos de Laure Adler (1998), FrédériqueLebelley (1994), JoëllePagés-Pindon (2012), SilvyeLoignon (2003), Philippe Lejeune (2008), Serge Doubrovsky (1997), Philippe Gasparini (2014), dentre outros. |