Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Samara Bezerra
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Orientador(a): |
Andriolo, Artur
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Banca de defesa: |
Rosas, Fernando César Weber
,
Nobre, Pedro Henrique
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Comportamento e Biologia Animal
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/210
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Resumo: |
A ariranha é uma espécie reconhecidamente social, vivendo em grupos de 2 a 16 indivíduos com cooperação reprodutiva. Os indivíduos do mesmo grupo costumam realizar a maioria das atividades diárias em conjunto. Uma das formas de organização espacial de animais que vivem em sociedade é a defesa de um território. Os grupos de ariranhas defendem ativamente seu território com vocalizações e encontros agonistico. O objetivo deste estudo foi saber como a organização social está relacionado ao espaço e tempo. Avaliar se existe mudança na composição e tamanho do grupo, e se há diferença entre o tamanho dos territórios nas estações (seca e cheia). Foram observados 48 indivíduos distribuídos em 12 grupos (35 adultos ou subadutos e 13 filhotes do ano) e 1 solitário, totalizando 49 indivíduos estudados, 40 destes foto-identificados. O tamanho dos grupos variou entre 2 e 12 indivíduos, e um indivíduo solitário identificado. O estudo ocorreu entre dezembro de 2013 e dezembro de 2014 no Parque Estadual do Cantão, estado do Tocantins. Foram registrados 130 eventos de marcação territorial em 5 grupos, sendo 80 eventos no período de cheia e 50 eventos no período de seca. No período de cheia, 100% dos registros de marcação foi em latrinas comunais, e em contra partida, a maioria dos registros de marcação no período seco foi em complexos de locas e latrinas. Foi observado um total de marcação de territórios no período de cheia de 10,2 minutos e no período de seca de 8 minutos. Durante a cheia, foi registrado o tempo em horas continuas na presença dos grupos que correspondeu a 4h34minutos (n=10) e durante a seca o tempo foi de 52h41minutos (n=5). Para estimar os territórios de cada grupo, foi o utilizado o método MPC 100%. Os tamanhos dos territórios na cheia (0.1 - 16.2 km2) foram de 2 a 27 vezes maiores do que na estação seca (0.4 -1.49 km2) e a média da estimativa linear no período de cheia foi de 12,44 km e na seca de 4,19 km. Houve uma correlação significativa entre o tamanho de territórios e tamanho de grupos no período de cheia (r= 0.81, t = 3.16, p= 0.02), não apresentando, porém, relação significativa para o período seco (r= -0.26, t = -0.47, p= 0.66). Nos meses de seca, foi observada uma forte correlação negativa entre o tamanho do território e o tamanho da ninhada (r= -0.76, t= -1.19, p= 0.44). No Cantão, especialmente no período de cheia, a maioria dos grupos em algum momento sobrepôs os territórios de outros grupos, chegando até 4 grupos diferentes patrulhando o mesmo lago e em espaços de tempo curto. As sobreposições territoriais variaram de 6% a 28%. Sociedades de ariranhas são provavelmente moldadas pela dispersão espacial de lagos combinada com a abundância de alimentos e dispersão destes dentro de floresta de igapó no período de cheia. O partilhar de latrinas utilizadas nos lagos aponta para um caminho interessante para uma nova pesquisa sobre os comportamentos que podem surgir quando grupos diferentes de ariranhas patrulham ou usam suas escalas ampliadas na estação cheia. |